segunda-feira, 6 de junho de 2011

EXEMPLO DO CODIGO DE CONDUTA DE URNMILÁ

O código de conduta de Urunmilá


Colhido este texto do povo da Ilha RJ, Aqui transmito ao meus leitores pela clareza de como deve se portar aquele que ouve ser deste poderoso Orixá.



De maneira bastante interessante, todas as divindades têm características e tabus similares. Na dependência da variação do grau de agressividade, eles todos aceitam a imutabilidade das leis naturais, as quais teólogos e teósofos têm codificado dentro dos 10 mandamentos de Deus. Isto não é dizer que algumas divindades não mataram quando eles acreditaram ter fortes justificativas para fazê-lo, no momento em que códigos terrestres e celestes admitiram a punição capital como medida para sentenciar os ofensores capitais.
Sem exceção, todas as divindades também aceitaram a supremacia de Deus. No caso de Ọrúnm.lá, ele deixou na memória de todos seus apóstolos, discípulos, sacerdotes e seguidores que ele é apenas um servo de Deus, e no melhor conceito de Deus, este é o porquê ele é geralmente chamado Ajiboríşa Kpeero e Ukpin.
Ajiboríşa Kpeero significa a única divindade que acorda de manhã para ir saudar Deus na Reunião do destino, enquanto que Eleeri Ukpin significa a divindade que se sentou como testemunho do próprio Deus na corte do destino, quando o destino de todas as criaturas estava sendo designado.
Veremos mais tarde como Ọrúnm.lá foi nomeado testemunha de Deus quando Este começou seu trabalho criativo. Ògúnda-Meji nos revelará depois neste livro por que Deus ordenou a todas as divindades a retornarem para o Céu depois de fundarem a terra. Quando a terra estava em estado de desordem ele enviou Elenini para capturá-los todos e trazê-los de volta ao céu.
Eji-Ogbe, o mais velho missionário de Ọrúnm.lá, irá à seqüência revelar como ele retornou ao mundo sob o nome de Omoonighorogbo para ensinar ao povo do mundo como proceder em concordância com os desejos de Deus. Ele demonstrou pelos preceitos, exemplos e ações como viver e agir em concordância com as leis naturais e como viver em paz com Deus. Ele também demonstrou que a verdadeira felicidade vem apenas quando alguém devota um pouco do seu tempo de modo abnegado ao serviço dos outros. Ele também ilustra a virtude do amor ao próximo. Sem dizer que se alguém ama seu próximo, não poderá seduzir a sua esposa, matá-lo, alimentar rancor contra ele, roubar sua propriedade e enganá-lo.
Portanto como um filósofo prático, Ọrúnm.lá estima alguém que muito pode aumentar todo o amor por seu próprio vizinho, o lado bom muitas vezes está em ser recíproco. Entretanto, Ọrúnm.lá é extremamente contra retaliações e vinganças porque as divindades sempre ficarão ao lado dos justos.
A primeira obrigação de um homem com ele mesmo é preservar-se através da divinação e do sacrifício. Se uma pessoa forte está se envolvendo em alguma guerra aberta ou discreta contra alguém que carece de poder para combater estas forças invisíveis, Ọrúnm.lá adverte recorrer à divinação quando na dúvida e fizer algum sacrifício prescrito aos altos poderes. Uma fez feito o sacrifício, o receptador irá quase que imediatamente intervir nas maquinações do mal feitas pelos inimigos conhecidos e desconhecidas.
Ọrúnm.lá recomenda a seus seguidores a não se envolverem em preparados medicinais destrutivos, porque os mesmos podem conduzi-los a sua própria imolação. Contudo há alguns discípulos de Ọrúnm.lá cuja sobrevivência no mercado é a preparação de remédios, mas apenas com propósitos construtivos, de salvação e libertação.
Ọrúnm.lá é o melhor professor da eficácia da perseverança. Ele ensina que enquanto pode haver remédios que não sejam eficazes, não há paciência que fracasse em sobrepujar todas as dificuldades, porque as divindades irão ao final socorrer aqueles que perseveraram.

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