quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

SOCIEDADE DO ORUN - ABI KUN

                                         
SOCIEDADE DO ORUN
MAIS UM MATERIAL QUE COLI NAS MINHAS PESQUISAS SOBRE ASSUNTOS QUE SEMPRE CAUSAM POLEMICA ENTRE OS NOSSOS IRMÃOS.

Egbé òrun são companheiros espirituais.
Cada pessoa tem a sua preferência de companhia no òrun antes de vir ao ayè, quando uma pessoa vem do òrun ela pode estar associada a muitos grupos.  Um destes grupos é chamado Ègbé Emere um dos mais poderosos.  O destino de uma pessoa já está traçado antes dele vir a Terra.  Seu espírito já fez seus acordos com os poderes constituídos. Este acordo pode ser por dinheiro, vida longa, filhos e etc.
Este acordo depende do individuo. Em alguns casos uma pessoa pode ter marido/esposa durante seu tempo no òrun e ter feito uma promessa significativa para ele/ela.  Eles podem ter prometido não se casar com ninguém enquanto viverem na Terra. Como podem ter prometido passar apenas um dia, mês ou ano na terra.Se o acordo foi quebrado quando esta pessoa estava na Terra, esta pessoa vai ter muitos problemas em sua vida terrena.  É importante que uma pessoa faça um sacrifício relevante para Ègbé Emere, Ègbé Eru Didi ou Ègbé òrun, para sua situação em particular quando chegar a este mundo.  Alguns prometem fazer este sacrificio quando estão no òrun, mas quando chegam a Terra não buscam estas informações e não fazem o sacrificio combinado.   Algumas pessoas tem acordo com Egbé òrun no oceano, outros em árvores, todos tem seus companheiros de Ègbé ou espiritos que estavam junto dele enquanto permaneciam no òrun.
 No Odù Òyékú’Ogbè vemos
 Ìjì Àjí a ko jiré
Isun asùn a ko sun ire
Ebo Òyèkú-L’ogbè la o mon.
 Foi divinado para Òrúnmìlá quando ele guardava seu dinheiro no quarto.
Um dia ele voltou de viagem e descobriu que estava faltando dinheiro.
Ele pensou que fossem seus Áwo que estavam lhe roubando.
O dinheiro continuava sumindo e Òrúnmìlá descobriu que era seu Egbé que estava perturbando sua vida.
Ele realizou sacrificio, alimentou-os.
Após fazer isso o dinheiro deixou de sumir.
Ele então começou a alimentá-los periodicamente e não teve mais problema.
 Os problemas das pessoas se manifestam de maneiras diferentes.
Alguns perdem emprego, outros têm problemas no parto, no casamento ou no relacionamento, isto depende da circunstância individual. Tudo isto poderia ser uma promessa quebrada com seu Egbé ou o descontentamento deles com algo que a pessoa esteja fazendo na Terra. É o Egbé que tem o poder de levar coisas essenciais a alguém para fazer sua vida infeliz, é feito por causa de um acordo quebrado.  Nem todos são Abiku, nem todos vão morrer na cerimônia do nome ou no dia do casamento. Porém para alguns pode ser o caso.
Quando Egbé òrun vem buscá-lo é por causa do acordo original.
 Em Òsé-Ògúndá temos:
 Òsé Omolú
Òsí ko mo áwo
Agada ko mo Orí
Eni o da oru
 Foi feita divinação para ómó Asode, ómó Aroko e ómó Asawo, estas três crianças vieram do òrun, no mesmo período e com a mesma promessa. Eles fizeram promessa antes de vir a Terra e iriam voltar para o òrun depois de ficar apenas sete dias.
As três mães fizeram jogo com babalawo.  Apenas uma das mães fez o sacrificio prescrito.
Elas foram orientadas a não fazer a cerimônia do nome e nem fazer festa, elas deveriam apenas dar um nome a criança e nada mais.  As outras duas mães usaram o dinheiro para uma grande festa em vez de fazer o sacrificio.  Durante a cerimônia do nome, Ègbé òrun chamou suas crianças de volta para casa.  Quando chegaram a ómó Asawo eles foram incapazes de levá-lo.
É destino de algumas pessoas serem muito poderosas na Terra. É através do Egbé que seus aspectos positivos se manifestarão. Para algumas pessoas uma coisa pequena e insignificante se transformará em algo muito grande através da influencia de Ègbé. É sempre importante que as pessoas cuidem de Ègbé. Em casos de crianças doentes é importantíssimo, pois problemas na infância podem estar ligados e sendo causados por Ègbé òrun.
 Texto de: Owolabi Aworeni

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

QUIZILAS E EJÓS EM NOSSA VIDA A DOIS.


A idade traz muitas reflexões que as vezes parecem barreiras para muitas coisas que a vida ainda nos exige, vou colocar um exemplo: A muito tempo estou separado e pouco tempo depois desta não me via em condições de viver sem uma companheira e assim logo comecei a namorar uma mulher que pelas coisas mais estranha do destino possui o mesmo nome da minha ex esposa, e logo resolveu adotar uma alcunha de "Bruxinha do Bem" para que não comentasse o nome da ex, e assim parecia que tudo estava bem. Não por uma razão ela começou a querer transformar aqueles momentos que passamos  juntos em algo mas definitivo, e eu ainda não acreditava que isso pudesse dar certo uma vez que passei 15 anos maravilhosos para descobrir que as pessoas aguardam desejos ainda muito seus algo que não conseguiram compartilhar com seu companheiro, e isto magoa criando feridas que causam feridas emocionais que nem sempre são fazeis  de serem curadas (por isso dizem que palavras causam mais danos do que tapas). Então depois de dois anos e meio desisti desse relacionamento. E não tentei buscar na religião qualquer solução ou desculpa para tal atitude, comecei a sentir que o fato da nossa religião cria ainda mesmo depois de tantos anos o preconceito e os preceitos de nós que seguimos os ejós quizilas de nossa crença sofremos, pois é difícil que as pessoas que não conhecem aceitarem de bom grado. E assim fui me tornando uma pessoa só pois até mesmo da família onde possui pessoas das mais variada religiões e muitas evangélicas, não aceitam e mesmo teem preconceito, lembro-me de um fato de que chegando na casa de uma irmã carnal e ela tinha feito um almoço e havia pimentão na salada e no bife a role quando tente explicar que era alérgico foi motivo de longas conversas pejorativas, Então tenho vivido só para não ter que ficar dando tanta explicações sobre esses nossos problemas sendo que alguns parecem que desaparecem com o tempo, como: Não podia comer sardinha e hoje como eu fazendo ou outra pessoa e não senti mais nada, no entanto carangueiro não tentei mais comer, as ostras cheguei a passar o dia todo no hospital com suspeita de AVC até a boca estava torta. Isto é uma pequena amostra do que pode significar conviver com alguém que não respeita as normas de nossa religião. Conselho o jogo esta ai se acaso voce for jovem e acha que pode tudo faça uma consulta a IFÁ, apesar que ele me disse após tantos anos que ainda vou encontrar alguém axé.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O Vento Sagrado......

Este título é uma definição de nossa crença "CANDOMBLÉ" foi uma definição dada por Prof. Agenor em uma entrevista quando já comemorava seus noventa e poucos anos alias esta no "Youtube" eu a estou usando neste momento pois estou em uma situação um pouco incomoda, pois esta acontecendo com alguém de minha familia que esta sendo criada dentro da religião Evangélica pelos seus mais velhos (Avós) com o consentimento dos pais mas, com uma certa duvida a mãe esta me procurando para uma consulta. O fato é que eu estou procurando uma maneira de explicar a uma jovem que tem toda uma formação evangélica o que esta acontecendo com ela e o que eu acredito que deva ser estes acontecimentos, segundo as pessoas que já estiveram com ela, me relataram que de repente ela se transforma para um comportamento mais adulto e serio e fala com propriedade de situações de que aparentemente ela não tem conhecimento, e quando inquirida (pela mãe) se mostrou nervosa, muito tremula e começa a chorar falando que não sabe onde estava? Não por ser da familia mas, por ser uma jovem e com esta formação religiosa estou me propondo a uma reflexão, que estou compartilhando com voces, para sentir que quando queremos fazer a coisa certa temos que ponderar todos os lados e principalmente o do individuo que esta vivenciando o problema ainda que para nós seja uma situação aparentemente simples de resolver. Então começamos a explicar que a espiritualidade não é uma obra do "Demonio" "Diabo" só ai voces podem imaginar o que vão ser a quantidade de perguntas? e acha paciencia para realmente ela tenha confiança para que eu jogue e pergunte o que esta acontecendo e o que devemos fazer! Esta situação esta me fazendo uma verdadeira interrogação "Será que já estou capacitado para poder explicar o que é este Vento Sagrado" Então eu já possuo o conhecimento e já me basta a mim mesmo o saber destes e outros problemas que possam surgir! ou eu os faço como quando comecei a jogar ? "Vamos consultar Ifá" e pronto! este foi o conselho que recebi de um mais velho quando comecei a querer a me aprofundar sobre o problema que chegavam a mim! Eu não o fiz e acredito que em muitos casos deveria telo feito, pois as próprias detentora dos seus ojés não se comprometeram em resolve-los, mas cada caso é um caso e penso que se o Orixá trouxe até a mim é porque de alguma forma estou envolvido, vou colocar a minha mão e meu entendimento para ajudar, e acreditando que o Vento Sagrado é uma fagulha do poder de Olorun.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O ABIKÚ

QUANDO EM 1969 EU AINDA CHEGANDO DO ALEGRETE-RS, MUITO DOENTE E COM DIVERSAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES, NADA MUDAVA AQUI EM S.PAULO-SP., ATÉ QUE COMO JÁ CONTEI EM OUTRO TEXTO SOBRE A MINHA INICIAÇÃO, NAQUELA ÉPOCA JÁ SE FALAVA EM ABIKÚ COMO UMA SENTENÇA DE MORTE, COISA QUE COMO VOCES PODEM VER AINDA ESTOU AQUI APÓS 40 ANOS, SE ABIKÚ OU NÃO MUITO SE PODE FAZER A RESPEITO QUANDO SE BUSCA COM FÉ NOS PÉS DO ORIXÁS, POIS SE A TRADUÇÃO DE (ABÍ  KÚ) (NASCIDO PARA MORRER) ENTÃO SOMOS TODOS ABÍKÚ..... PESQUISANDO ENCONTREI UM TEXTO QUE PODE BEM EXEMPLIFICAR ESTA SITUAÇÃO.


Texto de José Ribas
Por Fernando D’Osogiyan
O têrmo Abikú não se pontua apenas à aqueles que nascem para morrer, como determina o conceito Yurubá, pois sendo assim todos nós seríamos Abikús. Costumo dizer, para exemplificar, que Abikú tem qualidade, ou seja, existem vários tipos de abikú e formas de atuação e agregação, numa mesma concepção.
Pode-se cuidar de uma criança Abikú, fazendo-a conviver normalmente entre os seus fazendo oferendas, ebós, tratamento do Orí que são capazes de reter no mundo o Abikú e de lhe fazer esquecer sua promessa de volta, rompendo assim o ciclo de idas e vindas constantes entre o Orun e o Aiye, fazendo pactos também.
Os Abikús tem influência na família, são poderosos manipuladores, videntes, espíritos envelhecidos, atitudes de adulto, etc.
A energia de um Abikú pode rondar uma gravidez, muitos rompimentos e perda de bebê estão relacionadas, porém, não se pode confundir falta de cuidados e tratamento adequado na gravidez com Abikú. Quando o zelador observa através do jogo a presença de Abikú, o tratamento começa no ventre da mãe com as obrigações necessárias e ebós, através de Oxun, Orí, Exú, Egungun, Oxalá.
Existem também os Orixás Abikús Oxalá e Nanã, pois regem a vida e a morte nos dois planos de vida e energia, sendo assim, todas as pessoas de Oxalá e Nanã são Abikús, inclusive a própria iniciação os diferencia como especiais. Mas, independente disso, outras pessoas de qualquer outro Orixá pode ser da família Abikú, a família Kóreo.
Um conceito interessante, que vale uma reflexão é que: uma pessoa pode introduzir em sua vida o espírito abikú, quando antecipa os seus ciclos naturais em função da ambição ou opções de vida. Isto a levará a tornar-se um Abikú, pois certamente terá a data da sua morte antecipada.
Abikú é muito mais do que se pode imaginar, sem dúvida alguma, há conceitos, preceitos, ewós, etc, e deve ser tratado simultâneamente no mundo visível e invisível.
Awúre Kóreo, axé.