quinta-feira, 3 de março de 2011

UMA HISTÓRIA SOBRE O REI DO PODER

Origem e História de xango:
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível: um déspota. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade pacienciosa e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflete a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua retidão e honestidade superam o seu


caráter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de flerte de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.
A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

ORAÇÃO (ORIKÍ) PARA ORUNMILÁ

ORIKÍ ORAÇÃO A URUNMILÁ


ÒLÒJÒ ÒNÍ MÒJÙBÁ RÉ ÒLÚDAIYÈ MÒJÙBÁ RÉ MÒJÙBÁ ÒMÒDÉ MÒJÙBÁ ÀGBÀ BI ÈKÒLÒ BA JÙBÁ ÌL...É ÌLÉ A LANU KÍ ÌBÀ MI SÈ MÒJÙBÁ AWÓN ÀGBÀ MÉRÌNDÌNLÒGÚN MÒJÙBÁ BÀBÀ MI MÒ TÙN JÙBÁ AWÓN ÌYÁ MI MÒJÙBÁ ÒRÚNMILÁ ÒGBÀIYÈ GBÒRÚN, OHUN TÍ MÒBÁ WI LÒJÒ ÒNÍ KÒ RÍ BÉÉ FÚN MI JÒWÒ MÁ JÉ KÍ ÒNÀ MI DI NITORI ÕNÀ KÍÍ DÍ MÓ ÒJÒ ÒNÀ KÌÍ DÍ MÓ ÕGÙN OHUN TÍ A BA TI WÍ FÚN ÒGBÀ L’ÒGBÀ NGBÀ TI ÍLÁKÒSÉ MI SÈ LÁWUJÓ ÒWÚ TI ÈKÉSÈ NI NSÉ LÁWUJÓ ÒWÚ ÒLÒJÒ ÒNÍ KO GBÁ ÒRÒ MI YÈ WÒ YÈ WÒ YÉWÒ ÀSÉ, ÀSÉ, ÀSÉ.

Obs: Este Oriki deve ser feito, para agradar Ifá e evitar interferências negativas.

“TRADUÇÃO ÌJÙBÁ ÌFÁ”

Oh! Senhor do dia de hoje, sua benção Oh! Criador da terra, sua benção Sua benção, crianças Sua benção. Oh! Mais velho Se a minhoca pede alimento a terra A terra a concederá Que assim, o meu pedido seja concedido Peço permissão aos anciãos dezesseis òdú Sua benção, meus Pais Ainda peço, permissão as minhas mães Sua benção, Orunmila, que vive no céu e na terra Que, o que eu disser hoje Assim seja para mim Por favor, não permita que meu caminho seja fechado Porque o caminho nunca é fechado para o dia O caminho não será fechado para a magia Qualquer coisa que disser para Ogba ele aceitará O que Ilakose diz é a ultima palavra Assim como Ekese é o ultimo da família do caramujo Oh! Senhor do dia de hoje, aceite minha palavra. Assim seja, Assim seja, Assim seja.


OBS: JÁ O CONHECIA, MAS ESTE RECEBI DE AMIGA Kaya mojuba minha Iyá

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

DECLARAÇÃO DE AMOR A ÓXUM

Meu Amor a Minha Mãe Oxum

Conheci minha mãe ainda dentro do ventre era a vida
Não sabia que ela iria me acompanhar por toda vida
Quando Nasci ela me tomou daqueles que viam a morte
E Eu vivi por sua graça da Iya das águas tranqüilas
Aos meus nove anos fui apresentado a esta Iya
Que ao me abraçar fui tomado e levado a um lindo lago
A criança que fui brincava a margem as ondas mansas
A areia fina e dourada como ouro de ofir
Ora Iya Iya como é lindo seu amor para comigo
Oxum é seu nome, mas para mim é minha mãe zelosa
Que me disse que eu não sabia dar importância
E novamente me tomou dos braços da morte
O Iyá, Ó Oxum que quando te saúdo derrubo minhas lagrimas
Sabendo de sua posição ainda não me impede de ser seu apaixonado
Pois a vi e a senti tão presente que não fosse por sua ordem eu teria seguido
Mas sei que um dia vira me buscar sem deixar a morte pegar.
Ora êi êi minha mãe.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Conhecimento não Ocupa espaço!

Como estou sempre procurando levar aos meus e claro aprender também, por vezes me depara com algo feito com o coração, e como aprendi com meus mais velhos o Orixa admira muito mais o coração de que faz a oferenda do que aquele que sabe lhe rezar o Orikí ou fazer a Saudação de uma Adurra em Yoruba. Assim encontrei este jovem no Orkut com o coração aberto foi assim que senti nestas palavras deste filho do Orixa Jagun da familia de Seu Waldomiro Baiano e aqui estão suas palavras:

Conhecimento é a única virtude, e ignorância o único vício


Bom me chamo Tadeu Ti Jagun,fui iniciado pelas mãos do Babalorisá Orlando ti Iyemanja,raiz de Sr°Waldomiro Baiano..Fui iniciado ao orisá Jagun no dia 22/10/2005,onde recebi o nome de Jagun Oní Ilé Irê(Guerreiro dono terra e da benção..Pertenço ao Asé Oloroke Ti Efón..

Jágún
Òrìsà guerreiro, muito confundido com "qualidade" de Ògún, Ogbáolúayè e Osálá. Na verdade, Jágún é um Òrìsà independente, que possui seus fundamentos próprios.
É um Òrìsà fúnfún, cujos ritos foram trazidos ao Brasil pelo pessoal do Ekiti - Efon
Possui na África os seus adeptos e filhos.
***************************
IBÀ (saudação)
IBA (saudação)

IBA AKODA TO DA TIE LORI EWE.
IBA ASEDA TI TIE NILE PE-NPE.
IBA IYA MI OSORONGA, APAINI MAAHA GUN!
OLOOJO ONI MOJUBA RE.
OLUAIYE MOJUBA RE.
MOJUBA OMODE.
MOJUBA AGBA.
MOJUBA IRUNMOLE OJU KOTUN
MOJUBA IGBAIMOLE OJU KOSI
ABONNIREEGUN MOJUBA RE
MOJUBA ORUNMILA BABA IFA
MOJUBA OBIRIN
MOJUBA OKUNRIN
MOJUBA ILE
MOJUBA ILÉ ODUDUWA
MOJUBA BABA OBATALÁ
MOJUBA BABA AJALA, ALAMO RERE
ELEDA MI MOJUBA
MOJUBA OLORI MI
MOJUBA ORISA ONON
MOJUBA ORISA IGBO
MOJUBA ORISA ODO
MOJUBA ORISA OSA
MOJUBA ORISA OKUN
MOJUBA ORISA OKO
MOJUBA ORISA AFEFE
MOJUBA ORISA OFURUFU
MOJUBA ORISA INON
MOJUBA ORISA ONILE
MOJUBA ORISA OMI
MOJUBA ORISA EWE
MOJUBA BABALORISAS, YALORISAS, BABALAWÒS, APETEBIS, ABIANS
MOJUBA ARÁKÙNRIN MI
KI WA IPADE MESON ORUN
KI OLOORUN IBA MI SE!
ASE! ASE! ASE!

MO NFÉ KÍ OLÓÒRUN ÀTI GBOGBO ÒRÌSÀ
YÒÓ MÚ WÁ FÚN WA PÙPÓ ÌLERA.

SAUDAÇÕES A AKODA, O PRIMEIRO SER CRIADO EM CIMA DA FOLHA.
SAUDAÇÕES A ASEDA, AQUELE QUE CRIOU O SER HUMANO.
LEMBRANÇAS DE VOCÊ EM CIMA DA TERRA
SAUDAÇÕES A SENHORA DOS PÁSSAROS SAGRADOS
SENHOR DONO DO DIA, MEUS RESPEITOS A VÓS
SENHOR DONO DO MUNDO, MEUS RESPEITOS A VÓS
MEUS RESPEITOS AS CRIANÇAS
MEUS RESPEITOS AOS ANCESTRAIS
EU SAÚDO OS 400 ESPÍRITOS DA DIREITA
EU SAÚDO OS 200 ESPÍRITOS DA ESQUERDA,
AGBONNIREGUN, MEUS RESPEITOS A VÓS
MEUS RESPEITOS AO ADVOGADO DA SORTE, PAI DE IFÁ
MEUS RESPEITOS À MULHER
MEUS RESPEITOS AO HOMEM
MEUS RESPEITOS A CASA
MEUS RESPEITOS A TERRA
ODUDUWA, CRIADOR DA TERRA, EU TE SAÚDO
OBATALÁ, SENHOR DA MINHA CRIAÇÃO MEUS RESPEITOS
MEUS RESPEITOS AO PAI CRIADOR DO ORI, OLEIRO DA SORTE
MEUS RESPEITOS AO SENHOR DE MINHA CABEÇA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO CAMINHO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DA FLORESTA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO RIO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DA LAGOA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO MAR
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ OKO
MEUS RESPEITOS AOS ORIXÁS DO VENTO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO AR
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO FOGO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ SENHOR DA TERRA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DA ÁGUA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DAS FOLHAS
MEUS RESPEITOS AOS BABALORISAS, YALORISAS, BABALAWÒS, APETEBIS, E ABIANS
MEUS RESPEITOS, MEUS IRMÃOS.
QUE NOS ENCONTREMOS NOS NOVE ESPAÇOS DO ALÉM
QUE DEUS ACEITE MINHA SAUDAÇÃO
ASSIM SEJA!


***************************
Ijubá Jagun
Baba Mi Jagun Mojubare
Meu pai Jagun meus repeitos
Iba Aseda
Saudaçoes
Iba Asé Orisá Jagun Aye
Saudaçoes Senhor Guerreiro do mundo
Jagun Mo pé o
Jagun vos chamo
Asé Mi Jagun
Força meu pai
Ayó Asé Asé
Felicidades,bençao,bençao
Iba oo
Saudaçoes
**************************
Ago Mi Orisa Ago
Perdao me Orisa perdao
Ago Mi Jagun Ago
Perdao meu guerreiro perdao
Ire o Asé Baba Mi
Benção Pai meu
Asé o Asé o Asé ooo!!!!
Força,Força,força
**************************
Saudação: Jagun Arawra Jagun Epa – Jagun Olu Efon Epa Jagun
Bom sou o Tadeu Ti Jagun ( Jagunsy) pertenço ao Asé Oloke Ti Efon
***************************
Jagun pèlé ò!
Jagun vos saudo !
Baba Mi Jagun Ti Awure Gbogbo asé ooooo

Ass: Tadeu Tí Jagun ( Jagunsi)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Oriki para o Rei do Ketú ÒSòósì

Oríkì fún Òsòósì


Ìba Òsòósì
Ìba Òsòósì
Ìba ologarare
Ìba onibebe
Ìba osolikere
Ode ata matase
Agbani nijo to buru
Oni Ode gan fidija
Mo jùbá
Àse

Oríkì fún Òsòósì


Elogio para o espírito do Caçador
Eu elogio ao espírito do Caçador

Eu elogio ao espírito do Caçador
Eu elogio o que tem domínio nele mesmo
Eu elogio o dono do banco do rio
Eu elogio o mágico da floresta
Caçador que nunca falhou
Espírito sábio que oferece muitas bênçãos
Dono do papagaio guia ele para conquistar ao medo
Eu o cumprimento
Àse

Os Itan podem ser Bem parecidos o que vale e o Ensinar.

Oxaguiã (Oxalá Novo) Exê êêê Imagem Oxaguiã era o filho de Oxalufã. Ele nasceu em Ifé, bem antes de seu pai tornar-se o rei de Ifan. Oxaguiã, valente guerreiro, desejou, por sua vez, conquistar um reino. Partiu, acompanhado de seu amigo Awoledjê. Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Oxaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse vazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido. Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "*Orixá-comedor-de-inhame-pilado*", e assim passou a ser chamado. Awoledjê, seu companheiro, era babalaô, um grande adivinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa ocasião, Awoledjê aconselhou a Oxaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande; duas cabras, cujo leite fosse abundante; duas cestas de caramujos e muitos panos brancos. Disse-lhe, ainda, que se ele seguisse seus conselhos, Ejigbô, que era então um pequeno vilarejo dentro da floresta, tornar-se-ia, muito em breve, uma cidade grande e poderosa e povoada de muitos habitantes. Depois disso Awoledjê partiu em viagem a outros lugares. Ejigbô tornou-se uma grande cidade, como previra Awoledjê. Ela era rodeada de muralhas com fossos profundos, as portas fortificadas e guardas armados vigiavam suas entradas e saídas. Havia um grande mercado, em frente ao palácio, que atraía, de muito longe, compradores e vendedores de mercadorias e escravos. Elejigbô vivia com pompa entre suas mulheres e servidores. Músicos cantavam seus louvores. Quando falava-se dele, não se usava seu nome jamais, pois seria falta de respeito. Era a expressão Kabiyesi, isto é, Sua Majestade, que deveria ser empregada. Ao cabo de alguns anos, Awoledjê voltou. Ele desconhecia, ainda, o novo esplendor de seu amigo. Chegando diante dos guardas, na entrada do palácio, Awoledjê pediu, familiarmente, notícias do "Comedor-de-inhame-pilado". Chocados pela insolência do forasteiro, os guardas gritaram: "Que ultraje falar desta maneira de Kabiyesi! Que impertinência! Que falta de respeito!" E caíram sobre ele dando-lhe pauladas e cruelmente jogaram-no na cadeia. Awoledjê, mortificado pelos maus tratos, decidiu vingar-se, utilizando sua magia. Durante sete anos a chuva não caiu sobre Ejigbô, as mulheres não tiveram mais filhos e os cavalos do rei não tinham pasto. Elejigbô, desesperado, consultou um babalaô para remediar esta triste situação. "*Kabiyesi*, toda esta infelicidade é conseqüência da injusta prisão de um dos meus confrades! É preciso soltá-lo, Kabiyesi! É preciso obter o seu perdão!" Awoledjê foi solto e, cheio de ressentimento, foi-se esconder no fundo da mata. Elejigbô, apesar de rei tão importante, teve que ir suplicar-lhe que esquecesse os maus tratos sofridos e o perdoasse. "Muito bem! - respondeu-lhe. Eu permito que a chuva caia de novo, Oxaguiã, mas tem uma condição: Cada ano, por ocasião de sua festa, será necessário que você envie muita gente à floresta, cortar trezentos feixes de varetas. Os habitantes de Ejigbô, divididos em dois campos, deverão golpear-se, uns aos outros, até que estas varetas estejam gastas ou quebrem-se". Desde então, todos os anos, no fim da seca, os habitantes de dois bairros de Ejigbô, aqueles de Ixalê Oxolô e aqueles de Okê Mapô, batem-se todo um dia, em sinal de contrição e na esperança de verem, novamente, a chuva cair. A lembrança deste costume conservou-se através dos tempos e permanece viva, também, na Bahia. Por ocasião das cerimônias em louvor a Oxaguiã, as pessoas batem-se umas nas outras, com leves golpes de vareta... e recebem, em seguida, uma porção de inhame pilado, enquanto Oxaguiã vem dançar com energia, trazendo uma mão de pilão, símbolo das preferências gastronômicas do Orixá "Comedor-de-inhame-pilado." Exê ê! Baba Exê ê!
Obs.: Este Itan é muito parecido com um de Xango/Onde Oxalá seu pai vai visita-lo e acada preso pois os soldado pensam que ele esta roubando o cavalo branco que o próprio tinha presenteado a seu filho.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Saudação a Deusa Guerreira OYA/IANSÃ?YAMENSÃ

ADURRA DE OYÁ

Itan Oyá Oya o, Oya alágbara Oh, Oya
Oya a Dan bina láàrin òrun,
Aláse biribiri Oya
Oya o, Oya aláse Oh
Oya.olòre mi à ji ki Oya
Atowo efòn gbe Oya
Oya o, Oya aláse Oya,
Oya Oya, to gesin Ogún w’ òlú Oya
Oya alágbara, Oya
Oya, à remo rè lèkùn àláfià Oya
Oya aláse, Oya
Oya alágbara inú aféfé
Oya,Oya alágbara obìnrín Ogun
Ogun Egun Dudu orí odó Oya
Oya a bá ní sòrò má tan ní jê Oya
Oya aláse Oya
Oya a birun Lori bi adé
Oya aláse,Oya Oya
Oya Oya to wo èwù ilikè
Oya aláse

Mitologia dos Orixas – Síkírù Sàlámì – Babá King

Adurra de Oya

Oh, poderosa Oya
Oya que brilha como fogo durante a madrugada e que possui intensa força Oya o.
Oya que possui o Axé
Oya a minha benfeitora a ser louvada pela manhã
Oya que tem a força para carregar o chifre do búfalo
Oya aquela que possui Axé
Oya que entrou na cidade montada num cavalo de guerra
Oya a poderosa que vive no vento
Oya a mulher guerreira e poderosa esposa de Ogun
Orixá poderoso sentada no pilão
Que fala conosco sem nos enganar
Oya aquela que possui o Axé
Cuja a trança é bonita como uma coroa
que possui AXÉ
Oya Oya que veste roupa feita de contas preciosas
Aquela que possui o Axé Oya