O QUE É UM ORIXÁ:
Apesar de tentar se expressar como se um orixá fosse um ser humano tendo o coportamento deste, possuindo ciúmes, ódio, irá, gula e avareza até parece os pecados capitais, casando tendo filhos traindo, há de se explicar que isto são “Itás” que se utilizam sempre dos nomes dos mesmos ou talvez de uma qualidade destes e estas parecem reforçar a identidade destes como sendo heróis humanos, ou mesmo espíritos de ancestrais que sempre serão lembrados como há nos Vodun do Tambor de Mina onde todos reis ou seja os pertecentes a família Real do Dahoeme se tornam automaticamente um humano que morrendo voltam em sua maioria para tomar o Orí de seus iniciados mas, mesmo eles possuem os encantados que não tomam a cabeça de ninguém mas são cultuados. A mim desdo principío foi ensinado (no Ketu) que havia uma escala do quente para o frio e vice versa e dentro desta escala é que Olorum criara os seus encantados, como entendi irei passar a vocês esta crença que nunca me deixou com qualquer dúvida:
Universo = Criação/Geração ato de Olorum
ORIXÁS
EXU = força elemental que foi criada para que se pudesse ligar/comunicar/misturar todas as coisas.
XANGÔ = Força Elemental que rege todas as energias, até eletrecidade cósmica, magnéticas etc.
IANSÃ = Força Elemental próxima a Xangô só que de menor intensidade.
OXUM = Força Elemental que rege as águas doces e os metais preciosos como o Ouro.
Este exemplo é para mostrar que em sua origem estes são deisados, vieram direto do poder do criador como fração do poder de Olorum, a eles foi incumbido a criação dos homens e assim cada qual transmitiu um pouco de suas caracteres a estes que vieram povoar a terra. E como todo criador quer ser reconhecido esperavam do homem uma devoção, mas o homem nada temia, até que os orixás pediram a Olorum que punissem os homens, pois fora com a força geradora dele que tudo tinha sido criado, Olorum concentiu que se punisse o homem tirando lhe a vida mas este poder seria segredo e portanto teria o homem uma change de conhecer seu destino. Portanto Olorum deu este poder a Orunmilá para que o homem pudesse conhecer de onde ele fora forjado ( de qual orixá ele possuía mais caracteres).
O Homem morreu e assim surgiram os egun e estes receberam o nome de Imolés para os homens e para as mulheres surgiram as Iya min, passaram os homens a cultuar além de seus Orixás encantados, os seus antepassados chamados de Ancestrais, que nos Cultos de Orixás não são bem vindos, e nos Terreiros de Culto de Ègùngùn os Orixás também não são bem vindos e há as Sociedades Gèlèdè que é a contra partida feminina do ègun.
Assim para mim fica claro que Orixá é encantado e aqueles que passam a serem seus Iwaôs recebem uma fagulha desta energia, e que Ègúngún quando cultuado não toma a cabeça de ninguém, e se em outras religiões possuem outra cultura. Cabe á mim simplesmente respeitar.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Dialogar sobre Qualidades de Orisás
[blue]Outro dia encontrei me com um conhecido de 20 anos desde de que conhecia seus iniciadores e muitos de sua origem casa "Ilê" povo de Minhas Gerais que vem de uma Yalorixá que poucos hoje a conheciam chamada "DAXE" pronuncia-se "Dachê" Bem mas o motivo que me leva a escrever estas linhas é que ele ao me ver me chama! "O Pai henrique! comprimentou é me informa que lá em Muritiba uma roça muito antiga das origens do Gantoais (cujo o personagem mais ilustrativos possuiu Dona Minininha) De repente ele me informa que ficara sabendo em suas andanças numa festa que pertencia as suas origens lá em Muritiba-BA, de que seu Orixá Logun-Éde agora só poderia possuir um só por Roça e ainda me explicou que tal motivo e que haviam chegado informações da Africa de que em pesquisas nas terras de Ijexá da onde dissem ter descoberto que este orixá na realidade era um grande feiticeiro e muito cruel, então perguntei-lhe como ele via esta informação ele não sabia se posicionar, e gostaria de saber a minha opinião respondi-lhe que na minha visão e não em meus conhecimentos, poderia lhe informar que na Casa de Ketú de onde vim, lá eu aprendi que só se podia raspar uma Nanã porque ela era origem (Não estou afirmando se certo ou errado pois quando aprendi não se discutia o ensinado, assim também um pouco mais para frente disseram a muitos anos que era que esta família de Orixás foram incorporados a nossa Ketú ou seja e eles vinham do Jeje)Também não sei se isso procede pois o que se ouve quando se é Yao não se discute, mas depois de velho cabe se reflexões, Pergunto meu Irmão tu acreditas que sendo feito a vinte anos, seus problemas são oriundo de algo que foi descoberto agora? Outra se Logun-Edé vei de Ijexá o que ele faz na familia em sua Familia que sei pois conheci tem grande influencia de Angola, Assim disse para confundir mas na realidade de que tudo que se ouve possui dois lados pelo menos possuirmos dois ouvido e uma só boca, de que ouvia também falar que o referido Orixá não só possui não o controle de dois elemento a Terra quando esta com seu Pai Ossossi e a Água quando com sua Mãe Osun, mas como se acredita em muitas Casa há necessidade quando de sua feitura também se assentar Ogun e Iansá. Meu caros amigos o fato de ouvirmos falar sem saber a origem não do que se ouve falar, mas da credibilidade de quem esta falando esta sim é que importa, se voce esta de bem com seu Orisá não se preocupe com estas modas, faça como esta feito em sua Roça desde de que ela possua tradição e vc saiba que ela já possui um Avô e um Pai nesta mesma, um pode errar mais dois já fica mais difícil, e o mais difícil é o Orisá, Mojuba a meus mais velhos a dupé ô.[blue]
sábado, 28 de agosto de 2010
COMO NINGUÉM É DONO DA VERDADE....
É com grande satisfação que vi em um Blog que sigo e tenho grande admiração por seus autores pelo respeito e dedicação a todos a que os procuram além de materias todas ligadas a nossa Religião, e são grandes conhecedores claro dentro do que foram criados (Suas Nações) voltando vi que agora estão abrindo um espaço para o leitor expor suas experiências gostei demais e para iniciar foi colocado a de uma Abiã, que muito bem descreve a sua vivencia dentro de nossa religião. E Alertando ao novos que a nossa religião não é algo que se possa seguir pelo folclore bonito por suas músicas ou roupas
comidas é uma nova vida é mais precisamente um renascimento onde se começa do zero, onde começamos a aprender a ter novos valores como aprender a respeitar a natureza, nossos antepassado nossos mais velhos a desapegar de orgulhos e vaidades descabidas pois nosso maior valor são os Orisas e estes quando diante de nós nas Festas e Iniciações estão de pé descalços deixando sua humildade bem aparente. Então como bem deixou a Abião claro sem um processo que as vezes demora anos de convivência não se atreva a acreditar que na primeira casa que entrar vai ali fazer o santo e que tudo vai ser um mar de rosa. Procure sempre e onde se sentir bem procure frequentar conhecer os demais membros e se por ventura um dia seu Orisá pedir seu ori (Cabeça) então saberá que esta no lugar certo. Axé a querida Abião que possui esta conciência Oxalá a ilume com muita paz e saúde, e mojuba e este seu Orisá.
comidas é uma nova vida é mais precisamente um renascimento onde se começa do zero, onde começamos a aprender a ter novos valores como aprender a respeitar a natureza, nossos antepassado nossos mais velhos a desapegar de orgulhos e vaidades descabidas pois nosso maior valor são os Orisas e estes quando diante de nós nas Festas e Iniciações estão de pé descalços deixando sua humildade bem aparente. Então como bem deixou a Abião claro sem um processo que as vezes demora anos de convivência não se atreva a acreditar que na primeira casa que entrar vai ali fazer o santo e que tudo vai ser um mar de rosa. Procure sempre e onde se sentir bem procure frequentar conhecer os demais membros e se por ventura um dia seu Orisá pedir seu ori (Cabeça) então saberá que esta no lugar certo. Axé a querida Abião que possui esta conciência Oxalá a ilume com muita paz e saúde, e mojuba e este seu Orisá.
domingo, 1 de agosto de 2010
Este fato nunca me aconteceu?
Estava eu preocupado com meu filho de 24 anos, que forma se em direito este ano e a sisma é algo que incomoda, e como ele já mora com uma mulher e tudo aparentemente esta na santa paz não me parece ter fundamento tal sisma, mas quando se ama algém e é se do santo ficasse sempre incomodado. Assim mesmo sem sua presença ou qualquer pedido seu eu resolvi abrir o jogo de saber ao que se deve esta sisma, aparentemente tudo que deu no jogo foi que muitas coisas boas vão lhe suceder, mas não satifeito continuei a esgotar todo meu repertório ele é de Ogum com grande proteção de Oxalá, quando me lembrei que tempos atrás Exú havia lhe pedido um ebó que ele mesmo teria que entregar próximo a hora grande ele não quis fazer, logo perdeu seu estagio numa grande banca de Advocacia, e assim bati em cima de Exú e sua resposta foi que: O que ele tem passar ele ira passar e que depois vá pedir a Oxalá maleime, e quando tentei jogar mais simplesmente eu perdi a capacidade de entender as quedas ou seja foi como se eu não entendesse mais nada do jogo. Assim como afirmo não estou aqui para contar só as coisas boas mas a verdade do que pode acontecer nunca ou alguem falar sobre isto, vou ver se descubro como vai se resolver e conto depois a voces.
terça-feira, 13 de julho de 2010
MAIS UM FATO INEXPLICÁVEL DENTRO DA RAZÃO.
O HENRICÃO DA CARMINHA.
Este outro fato, que comigo ocorreu é bem interessante e possuidor de outras três pessoas, Azulão, o Testa e o Branquinho, eram os apelidos de meus mais chegados amigos da juventude esta nossa amizade começou na sétima série quando fui transferido do primeiro grau da Escola Prof. Plínio Paulo Braga, para atual Prof.ª Maria Angélica Soave, na verdade nós já nos conhecíamos antes de eu mudar de escola, por conta de morarmos no mesmo bairro, mas amizade só se tornou firme quando mudei para a mesma Escola destes meus amigos.
Assim esta amizade já contava com mais de dez anos quando este fato que irei relatar ocorreu: Precisávamos de um carro para nossa saída de sábado á noite, e o jeito foi o Álvaro pedir, o fusca novinho do seu patrão o dono da farmácia, o Álvaro dispunha da confiança do patrão e ele nos emprestou o carro, tudo combinado na casa do Testa (Ronaldo), era lá que Dª Geralda melhor nos recebia, não nada de mais é que ela só possuía filhos homens (Roberto, Ronaldo e Adauto) então a bagunça era mais tolerada.
Havíamos combinado após a novela das oito, e iríamos ao Bar Tia Redonda para azar alguém, uma vez que nenhum de nós estava namorando,l á ficamos até ás 2 horas resolvemos dar um role pela cidade e nada de bom nos aconteceu, achei que tínhamos bebido demais e que era tarde para gastar em outro lugar era muito melhor tentar no domingo lá na casa do Som, todos concordaram e assim feito tomamos o caminho de casa, quando percebemos que o cigarro estava acabando, e a esta hora não vamos voltar? Disse Eu, interrompeu o Álvaro – O Bar do pinhal! , este ficava em nosso caminho, Paramos na frente e o movimento era assustador, estava com gente até do lado de fora, aquele bar não possui as melhores referências, mas o vício é maior recolhi o dinheiro do Ministre do Azulão, o Free do Álvaro e Hollywood para o Testa e esperava ter naquela pocilga o Carlton que eu fumava. Neste momento o Álvaro sai do carro e diz – Deixa comigo? Preciso urinar! Bem lhe dei os deis cruzeiros e se foi, de repente o azulão começa a discutir com o testa que não queria dar lhe um cigarro, falei – Ei o Álvaro esta demorando não? E sai do Carro, recebi uma enorme surpresa quando um negro gordo que estava à porta do bar como se fosse um segurança grita em tom de alegria “Henricão! (Henricão da Carminha!).
Algo realmente tinha acontecido, pois neste momento deu para perceber que o Álvaro esta com um problema, ele foi trazido para fora sem os cigarros e num lance que nunca entendi tomei uma atitude inesperada e disse em tom de autoridade - Cadê os caretas? Os elementos que estavam com ele se dirigiram para mim e em tom de desculpa - Henricão! Eu só queria que o mano pagasse uma birita para nós? Retruquei de imediato - Vamos logo! Quanto é? Respondeu um deles - o troco dá! Interrompi novamente já colocando a mão no peito do Gordo nós fizemos uma fita errada e os homens tão atrás da gente! E ele Dizia algo assim - Cara volta para Boca! E eu novamente já olhando o Álvaro que entrava no carro, - Agora eu estou careta Tchau!
Dentro do carro o Álvaro se recuperava do susto, Azulão e o Testa tinham ficados brancos e eu ao velos comecei a dar risadas, esta situação só foi compartilha por meus amigos quanto já estávamos na frente da casa do Álvaro, onde me interrogavam sobre este meu desempenho de ator, a bagunça estava tão boa que seu pai nos expulsou e mandou que ele entrasse. Nunca nos esquecemos deste fato, pois ser parecido com alguém é possível até que seja confundido por varias pessoas mas, neste caso ser parecido, possuir o mesmo nome, e ter o nome da mãe já é para virar um causo.
Se desta vez os orixás estavam comigo e eu acredito que sim, talvez não os tenha percebido devido ao álcool, pois quando jovem sempre fui um duro na queda, pois poucas vezes me vi vencido pela cachaça, mas graças a nossas proteções estamos vivos para contar esta emoção aos nossos filhos.
Este outro fato, que comigo ocorreu é bem interessante e possuidor de outras três pessoas, Azulão, o Testa e o Branquinho, eram os apelidos de meus mais chegados amigos da juventude esta nossa amizade começou na sétima série quando fui transferido do primeiro grau da Escola Prof. Plínio Paulo Braga, para atual Prof.ª Maria Angélica Soave, na verdade nós já nos conhecíamos antes de eu mudar de escola, por conta de morarmos no mesmo bairro, mas amizade só se tornou firme quando mudei para a mesma Escola destes meus amigos.
Assim esta amizade já contava com mais de dez anos quando este fato que irei relatar ocorreu: Precisávamos de um carro para nossa saída de sábado á noite, e o jeito foi o Álvaro pedir, o fusca novinho do seu patrão o dono da farmácia, o Álvaro dispunha da confiança do patrão e ele nos emprestou o carro, tudo combinado na casa do Testa (Ronaldo), era lá que Dª Geralda melhor nos recebia, não nada de mais é que ela só possuía filhos homens (Roberto, Ronaldo e Adauto) então a bagunça era mais tolerada.
Havíamos combinado após a novela das oito, e iríamos ao Bar Tia Redonda para azar alguém, uma vez que nenhum de nós estava namorando,l á ficamos até ás 2 horas resolvemos dar um role pela cidade e nada de bom nos aconteceu, achei que tínhamos bebido demais e que era tarde para gastar em outro lugar era muito melhor tentar no domingo lá na casa do Som, todos concordaram e assim feito tomamos o caminho de casa, quando percebemos que o cigarro estava acabando, e a esta hora não vamos voltar? Disse Eu, interrompeu o Álvaro – O Bar do pinhal! , este ficava em nosso caminho, Paramos na frente e o movimento era assustador, estava com gente até do lado de fora, aquele bar não possui as melhores referências, mas o vício é maior recolhi o dinheiro do Ministre do Azulão, o Free do Álvaro e Hollywood para o Testa e esperava ter naquela pocilga o Carlton que eu fumava. Neste momento o Álvaro sai do carro e diz – Deixa comigo? Preciso urinar! Bem lhe dei os deis cruzeiros e se foi, de repente o azulão começa a discutir com o testa que não queria dar lhe um cigarro, falei – Ei o Álvaro esta demorando não? E sai do Carro, recebi uma enorme surpresa quando um negro gordo que estava à porta do bar como se fosse um segurança grita em tom de alegria “Henricão! (Henricão da Carminha!).
Algo realmente tinha acontecido, pois neste momento deu para perceber que o Álvaro esta com um problema, ele foi trazido para fora sem os cigarros e num lance que nunca entendi tomei uma atitude inesperada e disse em tom de autoridade - Cadê os caretas? Os elementos que estavam com ele se dirigiram para mim e em tom de desculpa - Henricão! Eu só queria que o mano pagasse uma birita para nós? Retruquei de imediato - Vamos logo! Quanto é? Respondeu um deles - o troco dá! Interrompi novamente já colocando a mão no peito do Gordo nós fizemos uma fita errada e os homens tão atrás da gente! E ele Dizia algo assim - Cara volta para Boca! E eu novamente já olhando o Álvaro que entrava no carro, - Agora eu estou careta Tchau!
Dentro do carro o Álvaro se recuperava do susto, Azulão e o Testa tinham ficados brancos e eu ao velos comecei a dar risadas, esta situação só foi compartilha por meus amigos quanto já estávamos na frente da casa do Álvaro, onde me interrogavam sobre este meu desempenho de ator, a bagunça estava tão boa que seu pai nos expulsou e mandou que ele entrasse. Nunca nos esquecemos deste fato, pois ser parecido com alguém é possível até que seja confundido por varias pessoas mas, neste caso ser parecido, possuir o mesmo nome, e ter o nome da mãe já é para virar um causo.
Se desta vez os orixás estavam comigo e eu acredito que sim, talvez não os tenha percebido devido ao álcool, pois quando jovem sempre fui um duro na queda, pois poucas vezes me vi vencido pela cachaça, mas graças a nossas proteções estamos vivos para contar esta emoção aos nossos filhos.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
O PRIMEIRO CONTATO 41 ANOS ATRÁS...
O INICIO DE TUDO
Todos os fatos relatados aqui são verdadeiros, como os vividos por mim nestes anos de convivência com a espiritualidade, principalmente dentro do Candomblé, podem afirmar que fica difícil apontar qual foi o mais incrível, mas começo relatando como foi a minha entrada nesta seita.
Acabara de chegar de mais uma internação hospitalar, e meus pais resolveram encostar minha cama na janela já que eu não podia brincar, devido à grande fraqueza que a doença me causara (insuficiência cardíaca), de repente percebi que havia uma pessoa que me observava muito estranhamente, era uma senhora morena muito bem vestida com grandes argolas em suas orelhas, com muitas pulseiras, eu viria a me encontrar com esta senhora ainda naquela semana, ela procurou à vizinha Dnª Aparecida para lhe consultar sobre a religião de meus pais, descobriu que meu pai era um devoto de Nossa Senhora Aparecida, mas pouco freqüentador de igrejas, minha mãe já transitava entre a missa católica e as reuniões de mesa branca (kardecismo) e já visitara um terreiro de Umbanda levada por minha Tia Silvia, próximo ao Cemitério do Chora Menino conhecido como terreiro do Tenente Urbano.
Com estas informações ela procurou minha mãe e lhe relatou que o que eu tinha não era só um problema de saúde, e que se meus pais autorizassem, ela iria cuidar de meu problema espiritual, ela bem que tentou explicar ao meu pai que o problema era um encosto de um egum , mas ele consentiu após ela lhe explicar que o que iria acontecer era sete dias de reza em sua casa que era nossa vizinha, solicitou que para isto seria necessário: a compra de uma roupa branca e dois lençóis brancos e virgens com uma fronha.
Estes dias começaram com minha mãe me levando no colo apesar de meus nove anos a doença havia me debilitado a ponto de não conseguir andar aqueles cinqüenta metros que separavam a minha cama da esteira em que eu iria deitar, tomei um enorme susto quando adentrei naquela casa, pois defronte a porta havia um vaso com uma cabeça com pequenos chifres e um tridente de ferro cheio de sangue e coberto de penas, aliais, o nome da senhora era Dª Maria e seu oruncó (Omin Nabela), ela me conduziu a esteira que possuía um travesseiro com a fronha branca e o lençol sobre uma esteira, colocou em meu pescoço um colar feito de palha da costa chamado mocan e me ensinou a dar o Iká , pois a esteira estava de fronte ao iba de Oxum que ao seu lado estava sendo assentado o seu êre , sem que entendesse o que ocorria, ela começou a rezar em ioruba e eu comecei a sonhar e sentir meu corpo como se houvesse sido ligado em uma tomada 220 w, mas o sonho era tranqüilo, eu me aproximava de um belo lago e ficava em sua margem brincando como a um bebe muito feliz.
Quando acordei deste sonho encontrava-me todo molhado como que eu realmente estivesse adentrado naquele lago, mas era suor ela me cobriu não só com o lençol, mas com uma colcha branca que fiquei sabendo depois por minha mãe esta colcha pertencia ao enxoval da obrigação de santo de Dª Maria e que ela havia chorado quando a colocou sobre mim, me deu de beber água da quartinha e me disse que prestasse atenção em meus sonhos foi quando lhe contei o que tinha acabado de sonhar e ela riu, minha mãe me abraçou e fomos embora.
Todos os fatos relatados aqui são verdadeiros, como os vividos por mim nestes anos de convivência com a espiritualidade, principalmente dentro do Candomblé, podem afirmar que fica difícil apontar qual foi o mais incrível, mas começo relatando como foi a minha entrada nesta seita.
Acabara de chegar de mais uma internação hospitalar, e meus pais resolveram encostar minha cama na janela já que eu não podia brincar, devido à grande fraqueza que a doença me causara (insuficiência cardíaca), de repente percebi que havia uma pessoa que me observava muito estranhamente, era uma senhora morena muito bem vestida com grandes argolas em suas orelhas, com muitas pulseiras, eu viria a me encontrar com esta senhora ainda naquela semana, ela procurou à vizinha Dnª Aparecida para lhe consultar sobre a religião de meus pais, descobriu que meu pai era um devoto de Nossa Senhora Aparecida, mas pouco freqüentador de igrejas, minha mãe já transitava entre a missa católica e as reuniões de mesa branca (kardecismo) e já visitara um terreiro de Umbanda levada por minha Tia Silvia, próximo ao Cemitério do Chora Menino conhecido como terreiro do Tenente Urbano.
Com estas informações ela procurou minha mãe e lhe relatou que o que eu tinha não era só um problema de saúde, e que se meus pais autorizassem, ela iria cuidar de meu problema espiritual, ela bem que tentou explicar ao meu pai que o problema era um encosto de um egum , mas ele consentiu após ela lhe explicar que o que iria acontecer era sete dias de reza em sua casa que era nossa vizinha, solicitou que para isto seria necessário: a compra de uma roupa branca e dois lençóis brancos e virgens com uma fronha.
Estes dias começaram com minha mãe me levando no colo apesar de meus nove anos a doença havia me debilitado a ponto de não conseguir andar aqueles cinqüenta metros que separavam a minha cama da esteira em que eu iria deitar, tomei um enorme susto quando adentrei naquela casa, pois defronte a porta havia um vaso com uma cabeça com pequenos chifres e um tridente de ferro cheio de sangue e coberto de penas, aliais, o nome da senhora era Dª Maria e seu oruncó (Omin Nabela), ela me conduziu a esteira que possuía um travesseiro com a fronha branca e o lençol sobre uma esteira, colocou em meu pescoço um colar feito de palha da costa chamado mocan e me ensinou a dar o Iká , pois a esteira estava de fronte ao iba de Oxum que ao seu lado estava sendo assentado o seu êre , sem que entendesse o que ocorria, ela começou a rezar em ioruba e eu comecei a sonhar e sentir meu corpo como se houvesse sido ligado em uma tomada 220 w, mas o sonho era tranqüilo, eu me aproximava de um belo lago e ficava em sua margem brincando como a um bebe muito feliz.
Quando acordei deste sonho encontrava-me todo molhado como que eu realmente estivesse adentrado naquele lago, mas era suor ela me cobriu não só com o lençol, mas com uma colcha branca que fiquei sabendo depois por minha mãe esta colcha pertencia ao enxoval da obrigação de santo de Dª Maria e que ela havia chorado quando a colocou sobre mim, me deu de beber água da quartinha e me disse que prestasse atenção em meus sonhos foi quando lhe contei o que tinha acabado de sonhar e ela riu, minha mãe me abraçou e fomos embora.
domingo, 4 de julho de 2010
DEDICO ESTA A TIA MÃEZINHA SAUDADE DOI
Apresento também uma pagina extraída deste mesmo livro, onde se relata uma parte da criação e de seu fundador da Roça Nagô chamada de Sítio do Pai Adão, para que nos sirva de exemplo quão é importante a nossa integração não só com o nosso orixá, mas com os nossos semelhantes dentro do culto tem que ser uma família.
“Entre os pais de terreiro, Pai Adão é, sem dúvida, o mais destacado, Todos os outros o tem em conta de um grande Babalorixá, e si em voz baixa falam mal de sua importância, não é sem grande respeito com que o cumprimentam. É Filho de africano de Lagos, e tem atualmente cerca de sessenta anos. Do seu pai Herdou os fetiches que possui e se fez Babalorixá. Desejando conhecer a pátria dos seus antepassados não mediu dificuldades: Tomou um Cargueiro para Lisboa, dali outro para Las Palmas e um barco Inglês alcançou Lagos (1906) O conhecimento da Língua que lhe fora ensinada pelo seu pai lhe fez familiar a religião e permitiu que se aperfeiçoasse na Liturgia do Culto. Não se livrou contudo do sincretismo católico. Referiu-me mesmo que em Lagos, mercê da volta de muitos antigos escravos, outros mesmo libertos já de nascença, o culto Yorubano se faz assim mesclado em muitos terreiros. De volta ao recife, tempo depois, instalou o seu terreiro. Estevê antes na Bahia e em Maceió. Seu porte é o de um grande chefe, arrogante e trata os médicos do S.H.M de igual para igual. Deixa, porem, ás vezes transparecer a sua gentileza em cumprimentos Assim “Só sinto alegria e só o dia é belo quando vejo você. Etc...
Durante o dia, sentado numa velha poltrona de jacarandá, costume de brim branco muito bem engomado, fumando bons charutos, recebe os filhos de terreiro que lhe vão pedir a bênção ajoelhada ou conselhos para resolverem negócios, etc..... Julga-se um grande sacerdote, uma figura quase sagrada e não se nivela aos demais Babalorixá, os quais critica severamente pelas indiscrições em torno dos segredos do culto. Sua restrição á divulgação de assuntos ligados ao Terreiro é tal que, sendo amigo do Senhor Gilberto Freire se negou a participar do 1º Congresso Afro-Brasileiro,. Entre os diversos pais de Terreiro do Recife foi à única exceção. Na sala onde faz seu terreiro, ordinariamente é sala de jantar. Uma longa mesa bem posta, sempre convidada presentes, o ar patriarcal que inspira o ambiente é o clima em que vive Adão. Essa casa, no chapéu de Sol, linha de Beberibe, tem um Sítio esplendido, cercado de arvores frondosas. Por detrás da casa há um Iroko, Gameleira Sagrada que é venerada como santo Iroco, disse-me Adão, é o Páo encantado. A gameleira secular tem junto ao tronco montinhos de areia sobre os quais há varias quartinhas de barro cheias de água. Ali fazem sacrifícios de animais em dias determinados do ano, que não consegui saber.
Na ordem das invocações a toada de Iroco é cantada em quinto lugar no terreiro de Adão, Em poucos terreiros, nesta cidade, há semelhante adoração. Não sei si por falta de gameleira sagrada. Diversos pais de terreiro interrogados por mim respondiam evasivamente. Ao lado da casa Adão tem a sua Capela (Dedicada a Nossa Santa Ana) ali toda cheia de santos católicos, imagens e estampas no altar que toma todo o fundo da sala, bancos de madeira dispostos como se fosse a Igreja, fazem reza e terços. O mês mariano então é muito concorrido, sendo as orações tiradas por Adão.” Os orixás cultuados neste são: Exú, Ogum, Oxossi, Otim, Iroco, Oxumarê, Abaluaê, Nana, Yewá, Obá, Oxum, Yemanjá, Yamassí, Dadá, Baìanênyn, Onanminhã(pai de xangô), Xerê, Xangô, Oyá ou Yamessan, Orixá-lá, .
E Falando sobre Exú, divindade inquietante, disse-me Adão: “Falam que nas seitas africanas se faz bruxaria adorando o diabo. Isto não é verdade. Bruxaria assim quem faz não é o negro, e o Portugues e o Índio. Veja: donde é que vem o livro da Feiticeira e o Livro de São Cipriano? Nos não adoramos o Diabo. É verdade que temos Exú, que foi como um anjo que se perverteu, justamente como na religião Católica, que representa a mesma coisa nossa para o Branco. Mas não adoramos Exú procuramos é satisfazê-lo, acalmá-lo, para que ele não venha atrapalhar as coisas, não nos faça mal.”
Agora vou abrir detalhadamente as minhas experiências dentro deste culto, sendo alguns que vivi sozinho e outros acompanhados e alguns que ouvi de outros, mas todos relacionados a
“Entre os pais de terreiro, Pai Adão é, sem dúvida, o mais destacado, Todos os outros o tem em conta de um grande Babalorixá, e si em voz baixa falam mal de sua importância, não é sem grande respeito com que o cumprimentam. É Filho de africano de Lagos, e tem atualmente cerca de sessenta anos. Do seu pai Herdou os fetiches que possui e se fez Babalorixá. Desejando conhecer a pátria dos seus antepassados não mediu dificuldades: Tomou um Cargueiro para Lisboa, dali outro para Las Palmas e um barco Inglês alcançou Lagos (1906) O conhecimento da Língua que lhe fora ensinada pelo seu pai lhe fez familiar a religião e permitiu que se aperfeiçoasse na Liturgia do Culto. Não se livrou contudo do sincretismo católico. Referiu-me mesmo que em Lagos, mercê da volta de muitos antigos escravos, outros mesmo libertos já de nascença, o culto Yorubano se faz assim mesclado em muitos terreiros. De volta ao recife, tempo depois, instalou o seu terreiro. Estevê antes na Bahia e em Maceió. Seu porte é o de um grande chefe, arrogante e trata os médicos do S.H.M de igual para igual. Deixa, porem, ás vezes transparecer a sua gentileza em cumprimentos Assim “Só sinto alegria e só o dia é belo quando vejo você. Etc...
Durante o dia, sentado numa velha poltrona de jacarandá, costume de brim branco muito bem engomado, fumando bons charutos, recebe os filhos de terreiro que lhe vão pedir a bênção ajoelhada ou conselhos para resolverem negócios, etc..... Julga-se um grande sacerdote, uma figura quase sagrada e não se nivela aos demais Babalorixá, os quais critica severamente pelas indiscrições em torno dos segredos do culto. Sua restrição á divulgação de assuntos ligados ao Terreiro é tal que, sendo amigo do Senhor Gilberto Freire se negou a participar do 1º Congresso Afro-Brasileiro,. Entre os diversos pais de Terreiro do Recife foi à única exceção. Na sala onde faz seu terreiro, ordinariamente é sala de jantar. Uma longa mesa bem posta, sempre convidada presentes, o ar patriarcal que inspira o ambiente é o clima em que vive Adão. Essa casa, no chapéu de Sol, linha de Beberibe, tem um Sítio esplendido, cercado de arvores frondosas. Por detrás da casa há um Iroko, Gameleira Sagrada que é venerada como santo Iroco, disse-me Adão, é o Páo encantado. A gameleira secular tem junto ao tronco montinhos de areia sobre os quais há varias quartinhas de barro cheias de água. Ali fazem sacrifícios de animais em dias determinados do ano, que não consegui saber.
Na ordem das invocações a toada de Iroco é cantada em quinto lugar no terreiro de Adão, Em poucos terreiros, nesta cidade, há semelhante adoração. Não sei si por falta de gameleira sagrada. Diversos pais de terreiro interrogados por mim respondiam evasivamente. Ao lado da casa Adão tem a sua Capela (Dedicada a Nossa Santa Ana) ali toda cheia de santos católicos, imagens e estampas no altar que toma todo o fundo da sala, bancos de madeira dispostos como se fosse a Igreja, fazem reza e terços. O mês mariano então é muito concorrido, sendo as orações tiradas por Adão.” Os orixás cultuados neste são: Exú, Ogum, Oxossi, Otim, Iroco, Oxumarê, Abaluaê, Nana, Yewá, Obá, Oxum, Yemanjá, Yamassí, Dadá, Baìanênyn, Onanminhã(pai de xangô), Xerê, Xangô, Oyá ou Yamessan, Orixá-lá, .
E Falando sobre Exú, divindade inquietante, disse-me Adão: “Falam que nas seitas africanas se faz bruxaria adorando o diabo. Isto não é verdade. Bruxaria assim quem faz não é o negro, e o Portugues e o Índio. Veja: donde é que vem o livro da Feiticeira e o Livro de São Cipriano? Nos não adoramos o Diabo. É verdade que temos Exú, que foi como um anjo que se perverteu, justamente como na religião Católica, que representa a mesma coisa nossa para o Branco. Mas não adoramos Exú procuramos é satisfazê-lo, acalmá-lo, para que ele não venha atrapalhar as coisas, não nos faça mal.”
Agora vou abrir detalhadamente as minhas experiências dentro deste culto, sendo alguns que vivi sozinho e outros acompanhados e alguns que ouvi de outros, mas todos relacionados a
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