Recebi de minha (nossa) Amiga Paulinha feliz, E assim será para sempre.
Gratidão é a amizade que liga a vida ao coração, é toda fonte de luz que aquece e prevalece na mente do sábio, no coração do iluminado, na alma que conhece a lei maior, na alma que reconhece o amor sem ilusão.
Todo aquele que é grato à vida, é grato aos pais, é grato às experiências, é grato aos obstáculos, é grato aos inimigos em potencial. Pois somente pelo reconhecimento do exercício fundamental da vida na prática, isto é, conflitos, diferenças, bloqueios, míseros sentimentos de inveja, de impaciência, de preconceitos, de desamor influem no sentido que a vida nos ensina todos os dias, que o reconhecimento nos transforma em indivíduos amadurecidos, em pessoas realizadas, em almas com luz própria. No momento que abrimos o coração e entra a gratidão, a janela se expande e o horizonte é tão lindo que os anjos aplaudem e os pássaros festejam, a natureza se convence, que bom acordamos mais um, vale a pena insistir, vale a pena investir o tempo, vale a pena levantar alguém que perdido estava, mas agora é fonte de luz que desabrocha ao sentir gratidão por alguém, pela vida, pelo tempo.
Gratidão é como sentir um perfume doce no ar, é elevar o universo no mais alto grau da esperança e do bem-querer, é enaltecer junto ao raiar do dia e agradecer a noite trazendo a brisa que acalma qualquer pensamento.
Gratidão é saber receber um não, é saber receber uma palavra mal colocada, é saber receber um gesto deselegante e dizer sempre obrigado, obrigada, você, senhor, senhora estão me ensinando a viver em uma escola onde a prática recebe notas sempre válidas e quem realmente passa de ano, isto é, quem passa de estágio e evolui, é aquele que enfrenta sem medo, sem revolta, sem ressentimento.
Nada pode ofender a quem realmente sente gratidão pela vida, pois ela recompensa alma grata com luz infinita e a alma que ainda não aprendeu receberá um novo professor em forma de amigo, familiar, funcionário, chefe, qualquer personagem que apareça em sua vida é aquele com certeza vai mostrar no espelho a lição do dia: gratidão pela vida, pela natureza, amizade que renasce todos os dias entre o coração de alguém, eu, você, outras pessoas ligadas em uma conexão universal... Permita que o sentimento da gratidão viva como um fogo infinito que aquece, ilumina, protege e participa cada vez mais da vontade de cada um.
BJS MEU LINDO AMIGO COM AS BENÇÃOS DE TODOS OS IRUNMOLES
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Poema Para a Deusa que Não aceita Derrota.
Olha o espelho e veja uma poderosa mulher...
Sonha com a irmã uma dondoca de abebê...
Ciúmes se escondeu até chifres criou...
Aos homens seduziu do ferreiro ao caçador...
Rainha foi morar com o amor de Obá....
Guerreira sem igual que até os mortos domina...
Chamada de mãe dos nove Yiamesan sem medo...
Seu encanto esta no poder de dominar ...
Sua luz tão poderosa que raio virou...
Inspira as mulheres a tomar atitudes sem medo..
Insã não conhece esta palavra o não poder fazer..
Submissão nem no amor, Mas dividi-lo sim ...
A nós humanos só podemos senti lá em sua fúria...
Ó Deusa dos encantos e magia só não é a maior...
Por amor a seus filhos... Eparrèi Oya.
Sonha com a irmã uma dondoca de abebê...
Ciúmes se escondeu até chifres criou...
Aos homens seduziu do ferreiro ao caçador...
Rainha foi morar com o amor de Obá....
Guerreira sem igual que até os mortos domina...
Chamada de mãe dos nove Yiamesan sem medo...
Seu encanto esta no poder de dominar ...
Sua luz tão poderosa que raio virou...
Inspira as mulheres a tomar atitudes sem medo..
Insã não conhece esta palavra o não poder fazer..
Submissão nem no amor, Mas dividi-lo sim ...
A nós humanos só podemos senti lá em sua fúria...
Ó Deusa dos encantos e magia só não é a maior...
Por amor a seus filhos... Eparrèi Oya.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
ORIKÍ PARA ÒSUN
ORIKÍ PARA ÒSUN (OXUM)
ÓSUN ÒPÀRÁ
YÉYÉ ÒPÀRÁ!
OBINRÍN BÍ OKÙNRIN NÍ ÒSUN
A JÍ SÈRÍ BÍ ÈGÀ
YÈYÈ OLOMÍ TÚTÚ
ÒPÀRÀ ÒJÒ BÌRÌ KALEE
AGBÀ OBÌNRÌN TÍ GBOGBO AYÉ N’PE SIN
Ò BÁ SÒNPÒNNÁ JÉ PÉTÉKÍ
O BÁ ALÁGBÁRA RANYANGA DIDE
ÒSUN IPONDA
OLORI PA KOKO ENI PON
O RI ONISE OBA AYI KASE
O JE DANDAN OLORAN
O FI AJA WÀ INU EKE WÒ
OMO OLU IGBO SOKI REDÀ OMO NÍ
TRADUÇÃO
OXUM APARA
OXUM É UMA MULHER COM FORÇA MASCULINA
SUA VOZ É AFINADA COMO O CANTO DO EGA
GRACIOSA MÃE SENHORA DAS ÁGUAS FRESCAS
OPÁRÁ, QUE AO DANÇAR RODOPIA COMO O VENTO, SEM QUE POSSAMOS VÊLA.
SENHORA PLENA DE SABEDORIA, QUE TODOS VENERAMOS JUNTOS
QUE COMO PÉTÉKÍ COM XAPANÂ
QUE ENFRENTA PESSOAS PODEROSAS E COM SABEDORIA AS ACALMA
OXUM IPONDÁ
PODEROSA, NÃO EMPURRE O POVO DE IPONDÁ
ELA RECEBE O MENSAGEIRO DO REI SEM RESPEITÁ-LO
ELA ACEITA AS PALAVRAS DO QUEIXOSO
COM SUA SINETA ELA FURA O VENTRE MENTIROSO
NÃO SE PODE CARREGAR DEBAIXO DO BRAÇO O FILHO DA MATA DE IPONDÁ.
Obs: Escrito por Obanise Xandi.
ÓSUN ÒPÀRÁ
YÉYÉ ÒPÀRÁ!
OBINRÍN BÍ OKÙNRIN NÍ ÒSUN
A JÍ SÈRÍ BÍ ÈGÀ
YÈYÈ OLOMÍ TÚTÚ
ÒPÀRÀ ÒJÒ BÌRÌ KALEE
AGBÀ OBÌNRÌN TÍ GBOGBO AYÉ N’PE SIN
Ò BÁ SÒNPÒNNÁ JÉ PÉTÉKÍ
O BÁ ALÁGBÁRA RANYANGA DIDE
ÒSUN IPONDA
OLORI PA KOKO ENI PON
O RI ONISE OBA AYI KASE
O JE DANDAN OLORAN
O FI AJA WÀ INU EKE WÒ
OMO OLU IGBO SOKI REDÀ OMO NÍ
TRADUÇÃO
OXUM APARA
OXUM É UMA MULHER COM FORÇA MASCULINA
SUA VOZ É AFINADA COMO O CANTO DO EGA
GRACIOSA MÃE SENHORA DAS ÁGUAS FRESCAS
OPÁRÁ, QUE AO DANÇAR RODOPIA COMO O VENTO, SEM QUE POSSAMOS VÊLA.
SENHORA PLENA DE SABEDORIA, QUE TODOS VENERAMOS JUNTOS
QUE COMO PÉTÉKÍ COM XAPANÂ
QUE ENFRENTA PESSOAS PODEROSAS E COM SABEDORIA AS ACALMA
OXUM IPONDÁ
PODEROSA, NÃO EMPURRE O POVO DE IPONDÁ
ELA RECEBE O MENSAGEIRO DO REI SEM RESPEITÁ-LO
ELA ACEITA AS PALAVRAS DO QUEIXOSO
COM SUA SINETA ELA FURA O VENTRE MENTIROSO
NÃO SE PODE CARREGAR DEBAIXO DO BRAÇO O FILHO DA MATA DE IPONDÁ.
Obs: Escrito por Obanise Xandi.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
UMA SAUDAÇÃO A QUEM NOS ACOMPANHA ATÉ NA MORTE
Oriki ou Saudação a Ori (Cabeça/Cérebro)
“ORI mi
Mo ke pe o o
ORI mi
A pe je
ORI mi
Wa je mi o
Ki ndi olowo o
Ki ndi olola
Ki ndi eni a pe sin
Laye
O, ORI mi
Lori a jiki
ORI mi lori a ji yo mo Laye”
TRADUÇÃO
“Meu ORI
Eu grito chamando por você
Meu ORI,
Me responda
Meu ORI,
Venha me atender
Para que eu seja uma pessoa rica e próspera
Para que eu seja uma pessoa a quem todos respeitem
Oh, meu ORI!
A ser louvado pela manhã,
Obs: Podem ser acrescentados vários outros pedidos a Orí, Como me de Saúde, Discernimento , Coragem para tomar alguma atitude Etc...
“ORI mi
Mo ke pe o o
ORI mi
A pe je
ORI mi
Wa je mi o
Ki ndi olowo o
Ki ndi olola
Ki ndi eni a pe sin
Laye
O, ORI mi
Lori a jiki
ORI mi lori a ji yo mo Laye”
TRADUÇÃO
“Meu ORI
Eu grito chamando por você
Meu ORI,
Me responda
Meu ORI,
Venha me atender
Para que eu seja uma pessoa rica e próspera
Para que eu seja uma pessoa a quem todos respeitem
Oh, meu ORI!
A ser louvado pela manhã,
Obs: Podem ser acrescentados vários outros pedidos a Orí, Como me de Saúde, Discernimento , Coragem para tomar alguma atitude Etc...
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
ORIKÍ PARA OXALÁ
Oríkì à Osàlà
Obà nla o rin n'eru ojikutu s'eru.
Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje.
O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika.
O fi l'emi asoto l'owo.
Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala.
Osun l'ala o fi koko ala rumo.
Obà igbo.
Tradução
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte.
Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações.
Gentilmente alivia o fardo de meus amigos.
Dê-me o poder de manifestar a abundância.
Revela o mistério da abundância.
Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria.
Eu me faço como as Roupas Brancas.
Protetor das roupas brancas eu o saúdo.
Pai do Bosque Sagrado.
Obà nla o rin n'eru ojikutu s'eru.
Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje.
O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika.
O fi l'emi asoto l'owo.
Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala.
Osun l'ala o fi koko ala rumo.
Obà igbo.
Tradução
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte.
Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações.
Gentilmente alivia o fardo de meus amigos.
Dê-me o poder de manifestar a abundância.
Revela o mistério da abundância.
Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria.
Eu me faço como as Roupas Brancas.
Protetor das roupas brancas eu o saúdo.
Pai do Bosque Sagrado.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Me enviada Por Iyá Kaya de Yemonjá Linda!
Uma Saudação a Oyá ou Orikí
Oyà A To Iwo Efòn Gbé
Oyà Olókò Àra
Obìnrin Ogun
Obìnrin Ode
Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.
Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?
Ibi Oya Wà, Ló Gbiná
Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá
Oyà tí awon òtá rí
Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó
Héèpà Héè, Oya ò!
Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O
Aféfé Ikú
Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún
Oyà ò, Oyà Tótó Hun!
Oyà, A P'Agbá, P'Àwo Mó Ni Kíákíá,
Kíákíá, Wéré Wéré L' Oyà Nse Ti È
A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní
O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin
Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!
Saudação a Oyá ou Yamessán
Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo
Oyà, que possui um marido poderoso
Mulher guerreira
Mulher caçadora
Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido.
Que tipo de pessoa é Oyà?
O local onde Oyà está, pega fogo
Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça
Oyà foi vista por seus inimigos
E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato
Eeepa He! Oh, Oyà!
És a única pessoa que temo
Vendaval da Morte
A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo
Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão!
Ela arruma suas coisas sem demora
Rapidamente Oyà faz suas coisas
Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani
Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota
Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo!
Oyà A To Iwo Efòn Gbé
Oyà Olókò Àra
Obìnrin Ogun
Obìnrin Ode
Oya Òrírì Arójú Bá Oko Kú.
Iru Èniyàn Wo Ni Oyà Yí N Se, Se?
Ibi Oya Wà, Ló Gbiná
Obìnrin Wóò Bi Eni Fó Igbá
Oyà tí awon òtá rí
Tí Won Torí Rè Da Igbá Nù Sì Igbó
Héèpà Héè, Oya ò!
Erù Re Nikan Ni Mo Nbà O
Aféfé Ikú
Obìnrin Ogun, Ti Ná Ibon Rè Ní À Ki Kún
Oyà ò, Oyà Tótó Hun!
Oyà, A P'Agbá, P'Àwo Mó Ni Kíákíá,
Kíákíá, Wéré Wéré L' Oyà Nse Ti È
A Rìn Dengbere Bíi Fúlàní
O Titi Tí Nfi Gbogbo Ará Rìn Bí Esin
Héèpà, Oya Olómo Mesan, Ibá Re Ò!
Saudação a Oyá ou Yamessán
Ela é grande o bastante para carrega o chifre do búfalo
Oyà, que possui um marido poderoso
Mulher guerreira
Mulher caçadora
Oyà, a charmosa, que dispõe de coragem para morrer com seu marido.
Que tipo de pessoa é Oyà?
O local onde Oyà está, pega fogo
Mulher que se quebra ao meio como se fosse uma cabaça
Oyà foi vista por seus inimigos
E eles, assustados, fugiram atirando as bagagens no mato
Eeepa He! Oh, Oyà!
És a única pessoa que temo
Vendaval da Morte
A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo
Oh, Oyà, à Oyà respeito e submissão!
Ela arruma suas coisas sem demora
Rapidamente Oyà faz suas coisas
Ela vagueia com elegância, como se fosse uma nômade fulani
Quando anda, sua vitalidade é como a do cavalo que trota
Eeepa Oya, que tem nove filhos, eu te saúdo!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Acredite não somos atrasados somos a Origem.
Como meus propósitos é levar as informações para o crescimento de "Nossa" religião recebo muitos E-Mail sobre o Assunto e este estou repassando, procurando atingir mais pessoas com essas informações lindíssimas: leia com atenção e conheça a origem de RELIGIÃO AFRICANA, POLITEÍSTA OU MONOTEÍSTA?
Artigo de Sango Biyi
Na semana passada, fui interpelado por um "amigo" que me perguntava o por quê, sendo eu um homem branco, estava envolvido com um sistema politeísta africano, como se nosso culto aos Orisa fosse algo involuído, arcaico, enfim pagão!
Respondi para ele que, primeiramente não enxergava questões de "negros e brancos", mas sim questões que envolvem os SERES HUMANOS, que não são medidos ou avaliados pela questão da cor de suas peles, e sim, pelas suas obras e pensamentos; e, em sugundo lugar que ele estava redondamente enganado, ao afirmar que o culto aos Orisas é politeísta, pois o mesmo se baseia na idéia de um Deus Supremo, chamado por nós de Olodunmare, que através do desdobramento quântico de Si Mesmo, cria um Universo Manifesto, bem como os Orisas e Ebóras, dando a estes últimos a condição de arcanjos e auxiliadores da humanidade, organizados em um complexo sistema de classificação, que foge em muito as vãs tentativas de classificação diminutivas e racistas que tentam nos impor ainda hoje. Haja vista que diante das Leis de nosso País, cujo sangue de nossos antepassados serviu de irrigação durante séculos para que o mesmo crescesse, a nossa religião, ou seja, a religião original dos negros escravos ainda hoje, como no passado, é considerada crime, previsto em Código Penal Brasileiro. (Ex: se um dízimo fosse cobrado por um sacerdote de Orisa, seria visto de forma ilícita pela Lei, enquanto que de outras religiões não, como padres, pastores etc).
Já que nosso culto existe, seguramente há mais de 9000 anos, o que certamente nos garante uma certeza de que vários sistemas assim chamados monoteístas, foram influenciados por ele, ainda que ocultadamente, os mesmos preferem "ignorar o fato" de que tanto o Judaísmo, quanto o Cristianismo e o Islamismo, tiveram o seu nascimento no Continente Africano.
Diante do exposto acima, resolvi dissertar um pouco daquilo que sei sobre essa belíssima, e mais do que merecedora de todo o nosso respeito, a Religião do Culto aos Orisas, no tentativa, quem sabe, arrojar um pouco de luz, sobre este assunto tão sério e, ao mesmo tempo, tão desrespeitado por nosso povo e pelos órgãos governamentais em nosso País.
O conceito de Deus na religião yoruba - a cosmogenese
Para os Yorubas, Olodunmare concebe ao Universo em um êxtase de Si Mesmo. Assim, podemos dizer que a criação tem suas raízes no futuro, pelo qual ele vive. O mundo está suspenso em sua plenitude final, a qual lhe dá sentido e coesão. O mundo está inquieto porque é criado dinamizado, tenso na direção de um polo que quase todo ignoram na direção de um nascimento ao qual aspira até mesmo a criatura inanimada.
Criado assim, o mundo só pode existir em evolução. Sua perfeição se situa no fim e não aparece desde a origem. A Criação de realiza numa ascensão espiritual progressiva, desde a matéria dita inanimada, até atingir, no homem, a dignidade da consciência, a dignidade da pessoa, que está, como estamos vendo, muito além da questão da cor de sua pele, ou da condição de sua "raça".
Existe, para a Yoruba, por detrás das aparências e do mundo visível, um elemento inteligente, "racional", que regula, dirige, anima o cosmos, e que faz com que esse cosmos não seja caos, mas ordem. Há, com certeza na origem do Universo um impluso de pura consciência.
Como nos disse uma vez o Astrônomo J. Dean "... Não sabemos se Deus realmente existe. Mas o Universo funciona como se Ele existisse...".
"... Na origem da Criação não há acontecimento aleatório, não há acaso. Há, isso sim, um grau de ordem infinitamente superior a tudo aquilo que podemos imaginar: ordem suprema que regula as constantes físicas, as condições iniciais, o comportamento dos átomos e a vida das estrelas.
Poderosa, livre, infinitamente existente, misteriosa, implícita, invisível, sensível. Ela está ali, eterna e necessária por trás dos fenômenos, acima do Universo, mas presente em cada partícula. (Rihas)".
Na cosmogenese yoruba, o universo inteiro está como que cheio de inteligência de de intenção: desde a menor partícula elementar até as galáxias.
Só podemos nos aproximar de uma compreensão de Criação dentro do entendimento do mistério de uma essência trinitária em OLODUNMARE, tentando entender-lhes os movimentos e os processos deles decorrentes em consonância com a essência que nos é apresentada nas Revelações a respeito de ORUNMILA e ELA OMO OSIN.
OLODUNMARE
Itan Odu OYEKU-OGBE
"Eo mó Iya"
K'enyin o ma tun sure puró mó;
Eo mo Baba
K'enyin o ma tun sure s'eke mó;
Eo mó Iya, eo mó Baba
OLODUNMARE
Eyi l'o d'IFA fun Tela-iriko
T'o só wipe on nre 'ki
OLODUNMARE..."
TRADUÇÃO
"Você não conhece a Mãe".
Pare com sua impetuosa mentira;
Você não conhece o Pai
Pare com sua impetuosa mentira;
Você não conhece a Mãe, você não conhece o Pai de OLODUNMARE
Este foi o veredicto do oráculo de IFA para Tela-Iroko,
Aquele que propôs a origemdo nome de OLODUNMARE...".
OLODUNMARE é um espírito infinitamente perfeito, que existe por si mesmo e de que todos os outros seres recebem a existência. OLODUNMARE é o Seu Ser, o Ser sem semelhança. Por isso quando o nomeamos apenas tangenciamos Sua essência.
O sentido mais profundo que encontramos ao analisar o nome de OLODUNMARE nos traz o significado de "Eu Sou Aquele que É", o nome designando o próprio ser, o ser das coisas em sua manifestação e em sua relação e em sua relação com o Universo. A identidade entre OLODUNMARE e o Seu Nome só não é completa porque o nome designa-o em sua expansão para fora de si mesmo.
A revelação de nome é extremamente significativa da propensão de OLODUNMARE a sair para a Sua Criação. Nesse significado temos para o nome de OLODUNMARE um nome que é a "expressão de Seu Ser".
Esse nome é único por que contém todo o mistério de OLODUNMARE; ele é pronunciado em eterna atualidade. É o nome da santidade transcendente, o que exprime também a presença dinâmica de OLODUNMARE em Sua Criação e a fidelidade de Sua assistência aos homens.
A existência de OLODUNMARE, mais que um pressuposto, é verdade fundamental, ponto de partida para qualquer discurso religioso.
É como se primeiro, reconhecêssemos a Sua existência, depois procurássemos a ponte capaz de nos levar a Ele, capaz de propiciar as religação com nossa origem. Afinal, nas extremidades invisíveis do nosso mundo, abaixo e acima da nossa realidade, paira o espírito.
Nossos espíritos humanos e o desse ser transcendente a quem chamamos OLODUNMARE são levados a se encontrar.
No entanto, é natural, para todos nós, a idéia de que não podemos compreender OLODUNMARE. Na medida em que Ele é infinito, princípio e fim de todas as coisas, encontra-se além dos limites humanos a Sua compreensão. Podemos, isso sim, conhecê-lo através de Seus atributos e deduzir a Sua existência através de Sua manifestações no Universo e nas coisas criadas.
Somo levados, também, ao conhecimento do OLODUNMARE pela "negativa" do que conhecemos, ou seja, sabemos com clareza e precisão o que OLODUNMARE não é. Assim, por exemplo, conhecemos a finito e a imperfeição.
Dizemos que OLODUNMARE é infinito e perfeito e são conseguimos pensar esse conceitos a partir da "negação" dos conceitos que conhecemos.
Para crermos na existência de OLODUNMARE e avançarmos em direção aos seu conhecimento não é necessário que comecemos por usar os caminhos da razão. Olhamos e vemos; o mundo é um espelho a mostrar permanentemente a Sua presença e grandiosidade.
Para se conhecer OLODUNMARE, a intuição vem antes; a procura, o raciocínio, seguem-se o vêm confirmar e preciso o que o olhar já começou a descobrir. Afinal de contes, "por que existe alguma coisa ao invés de nada?"
Diante do maravilhoso e fantástico espetáculo da Criação, a razão humana é capaz de caminhar até o conhecimento da existência do Criador. Em Seus reflexos espalhados pelo Universo, ela pode adivinhar Suas perfeições de poder, de beleza e de bondade, manifestos em cada ser e em cada elemento. Sua realidade objetiva, invisível mas manifesta Seu eterno poder e Sua divindade - torna-se compreensível, desde a crisção do mundo, através das criaturas.
É a partir desse processo do conhecer que, em nossa religião, afirmamos ser OLODUNMARE "o único no céu e na terra, o Supremo sobre todos nós" e O chamamos referindo-nos particularmente as Suas características de "Senhor de todas as coisas", "o Soberano que está no Orun", "Aquele que tem a máxima autoridade sobre tudo".
OLODUNMARE pode ser conhecido por muitos nomes - afinal de contas, muitas são as Suas particulares manifestações nos diversos momentos e planos da Criação, e assim, muitas vezes, Ele é chamado do OLOFIN ou OLORUN.
Muitas vezes, querendo expressar uma emoção extrema ou apelo urgente, reunimos os três nomes de OLODUNMARE em uma mesma exclamação "L'oju OLODUNMARE! L'oju OLOFIN! L'oju OLORUN!", significando "Na presença de OLODUNMARE! Na presença de OLOFIN! Na presença de OLORUN!"
.
O CENTRO CULTURAL AFRICANO através de seus projetos e eventos procura mostrar a sociedade brasileira, a necessidade de uma consciência mais profunda e ampla da importância da raça negra no processo de formação histórica do Brasil.
Meu sincero agradecimento ao Babalawo Claudio Falcão, pela gentil liberação deste texto. Tomeje
Nosso "Deus". Meus Agradecimento a Tomeji.
Artigo de Sango Biyi
Na semana passada, fui interpelado por um "amigo" que me perguntava o por quê, sendo eu um homem branco, estava envolvido com um sistema politeísta africano, como se nosso culto aos Orisa fosse algo involuído, arcaico, enfim pagão!
Respondi para ele que, primeiramente não enxergava questões de "negros e brancos", mas sim questões que envolvem os SERES HUMANOS, que não são medidos ou avaliados pela questão da cor de suas peles, e sim, pelas suas obras e pensamentos; e, em sugundo lugar que ele estava redondamente enganado, ao afirmar que o culto aos Orisas é politeísta, pois o mesmo se baseia na idéia de um Deus Supremo, chamado por nós de Olodunmare, que através do desdobramento quântico de Si Mesmo, cria um Universo Manifesto, bem como os Orisas e Ebóras, dando a estes últimos a condição de arcanjos e auxiliadores da humanidade, organizados em um complexo sistema de classificação, que foge em muito as vãs tentativas de classificação diminutivas e racistas que tentam nos impor ainda hoje. Haja vista que diante das Leis de nosso País, cujo sangue de nossos antepassados serviu de irrigação durante séculos para que o mesmo crescesse, a nossa religião, ou seja, a religião original dos negros escravos ainda hoje, como no passado, é considerada crime, previsto em Código Penal Brasileiro. (Ex: se um dízimo fosse cobrado por um sacerdote de Orisa, seria visto de forma ilícita pela Lei, enquanto que de outras religiões não, como padres, pastores etc).
Já que nosso culto existe, seguramente há mais de 9000 anos, o que certamente nos garante uma certeza de que vários sistemas assim chamados monoteístas, foram influenciados por ele, ainda que ocultadamente, os mesmos preferem "ignorar o fato" de que tanto o Judaísmo, quanto o Cristianismo e o Islamismo, tiveram o seu nascimento no Continente Africano.
Diante do exposto acima, resolvi dissertar um pouco daquilo que sei sobre essa belíssima, e mais do que merecedora de todo o nosso respeito, a Religião do Culto aos Orisas, no tentativa, quem sabe, arrojar um pouco de luz, sobre este assunto tão sério e, ao mesmo tempo, tão desrespeitado por nosso povo e pelos órgãos governamentais em nosso País.
O conceito de Deus na religião yoruba - a cosmogenese
Para os Yorubas, Olodunmare concebe ao Universo em um êxtase de Si Mesmo. Assim, podemos dizer que a criação tem suas raízes no futuro, pelo qual ele vive. O mundo está suspenso em sua plenitude final, a qual lhe dá sentido e coesão. O mundo está inquieto porque é criado dinamizado, tenso na direção de um polo que quase todo ignoram na direção de um nascimento ao qual aspira até mesmo a criatura inanimada.
Criado assim, o mundo só pode existir em evolução. Sua perfeição se situa no fim e não aparece desde a origem. A Criação de realiza numa ascensão espiritual progressiva, desde a matéria dita inanimada, até atingir, no homem, a dignidade da consciência, a dignidade da pessoa, que está, como estamos vendo, muito além da questão da cor de sua pele, ou da condição de sua "raça".
Existe, para a Yoruba, por detrás das aparências e do mundo visível, um elemento inteligente, "racional", que regula, dirige, anima o cosmos, e que faz com que esse cosmos não seja caos, mas ordem. Há, com certeza na origem do Universo um impluso de pura consciência.
Como nos disse uma vez o Astrônomo J. Dean "... Não sabemos se Deus realmente existe. Mas o Universo funciona como se Ele existisse...".
"... Na origem da Criação não há acontecimento aleatório, não há acaso. Há, isso sim, um grau de ordem infinitamente superior a tudo aquilo que podemos imaginar: ordem suprema que regula as constantes físicas, as condições iniciais, o comportamento dos átomos e a vida das estrelas.
Poderosa, livre, infinitamente existente, misteriosa, implícita, invisível, sensível. Ela está ali, eterna e necessária por trás dos fenômenos, acima do Universo, mas presente em cada partícula. (Rihas)".
Na cosmogenese yoruba, o universo inteiro está como que cheio de inteligência de de intenção: desde a menor partícula elementar até as galáxias.
Só podemos nos aproximar de uma compreensão de Criação dentro do entendimento do mistério de uma essência trinitária em OLODUNMARE, tentando entender-lhes os movimentos e os processos deles decorrentes em consonância com a essência que nos é apresentada nas Revelações a respeito de ORUNMILA e ELA OMO OSIN.
OLODUNMARE
Itan Odu OYEKU-OGBE
"Eo mó Iya"
K'enyin o ma tun sure puró mó;
Eo mo Baba
K'enyin o ma tun sure s'eke mó;
Eo mó Iya, eo mó Baba
OLODUNMARE
Eyi l'o d'IFA fun Tela-iriko
T'o só wipe on nre 'ki
OLODUNMARE..."
TRADUÇÃO
"Você não conhece a Mãe".
Pare com sua impetuosa mentira;
Você não conhece o Pai
Pare com sua impetuosa mentira;
Você não conhece a Mãe, você não conhece o Pai de OLODUNMARE
Este foi o veredicto do oráculo de IFA para Tela-Iroko,
Aquele que propôs a origemdo nome de OLODUNMARE...".
OLODUNMARE é um espírito infinitamente perfeito, que existe por si mesmo e de que todos os outros seres recebem a existência. OLODUNMARE é o Seu Ser, o Ser sem semelhança. Por isso quando o nomeamos apenas tangenciamos Sua essência.
O sentido mais profundo que encontramos ao analisar o nome de OLODUNMARE nos traz o significado de "Eu Sou Aquele que É", o nome designando o próprio ser, o ser das coisas em sua manifestação e em sua relação e em sua relação com o Universo. A identidade entre OLODUNMARE e o Seu Nome só não é completa porque o nome designa-o em sua expansão para fora de si mesmo.
A revelação de nome é extremamente significativa da propensão de OLODUNMARE a sair para a Sua Criação. Nesse significado temos para o nome de OLODUNMARE um nome que é a "expressão de Seu Ser".
Esse nome é único por que contém todo o mistério de OLODUNMARE; ele é pronunciado em eterna atualidade. É o nome da santidade transcendente, o que exprime também a presença dinâmica de OLODUNMARE em Sua Criação e a fidelidade de Sua assistência aos homens.
A existência de OLODUNMARE, mais que um pressuposto, é verdade fundamental, ponto de partida para qualquer discurso religioso.
É como se primeiro, reconhecêssemos a Sua existência, depois procurássemos a ponte capaz de nos levar a Ele, capaz de propiciar as religação com nossa origem. Afinal, nas extremidades invisíveis do nosso mundo, abaixo e acima da nossa realidade, paira o espírito.
Nossos espíritos humanos e o desse ser transcendente a quem chamamos OLODUNMARE são levados a se encontrar.
No entanto, é natural, para todos nós, a idéia de que não podemos compreender OLODUNMARE. Na medida em que Ele é infinito, princípio e fim de todas as coisas, encontra-se além dos limites humanos a Sua compreensão. Podemos, isso sim, conhecê-lo através de Seus atributos e deduzir a Sua existência através de Sua manifestações no Universo e nas coisas criadas.
Somo levados, também, ao conhecimento do OLODUNMARE pela "negativa" do que conhecemos, ou seja, sabemos com clareza e precisão o que OLODUNMARE não é. Assim, por exemplo, conhecemos a finito e a imperfeição.
Dizemos que OLODUNMARE é infinito e perfeito e são conseguimos pensar esse conceitos a partir da "negação" dos conceitos que conhecemos.
Para crermos na existência de OLODUNMARE e avançarmos em direção aos seu conhecimento não é necessário que comecemos por usar os caminhos da razão. Olhamos e vemos; o mundo é um espelho a mostrar permanentemente a Sua presença e grandiosidade.
Para se conhecer OLODUNMARE, a intuição vem antes; a procura, o raciocínio, seguem-se o vêm confirmar e preciso o que o olhar já começou a descobrir. Afinal de contes, "por que existe alguma coisa ao invés de nada?"
Diante do maravilhoso e fantástico espetáculo da Criação, a razão humana é capaz de caminhar até o conhecimento da existência do Criador. Em Seus reflexos espalhados pelo Universo, ela pode adivinhar Suas perfeições de poder, de beleza e de bondade, manifestos em cada ser e em cada elemento. Sua realidade objetiva, invisível mas manifesta Seu eterno poder e Sua divindade - torna-se compreensível, desde a crisção do mundo, através das criaturas.
É a partir desse processo do conhecer que, em nossa religião, afirmamos ser OLODUNMARE "o único no céu e na terra, o Supremo sobre todos nós" e O chamamos referindo-nos particularmente as Suas características de "Senhor de todas as coisas", "o Soberano que está no Orun", "Aquele que tem a máxima autoridade sobre tudo".
OLODUNMARE pode ser conhecido por muitos nomes - afinal de contas, muitas são as Suas particulares manifestações nos diversos momentos e planos da Criação, e assim, muitas vezes, Ele é chamado do OLOFIN ou OLORUN.
Muitas vezes, querendo expressar uma emoção extrema ou apelo urgente, reunimos os três nomes de OLODUNMARE em uma mesma exclamação "L'oju OLODUNMARE! L'oju OLOFIN! L'oju OLORUN!", significando "Na presença de OLODUNMARE! Na presença de OLOFIN! Na presença de OLORUN!"
.
O CENTRO CULTURAL AFRICANO através de seus projetos e eventos procura mostrar a sociedade brasileira, a necessidade de uma consciência mais profunda e ampla da importância da raça negra no processo de formação histórica do Brasil.
Meu sincero agradecimento ao Babalawo Claudio Falcão, pela gentil liberação deste texto. Tomeje
Nosso "Deus". Meus Agradecimento a Tomeji.
Assinar:
Postagens (Atom)