sexta-feira, 16 de abril de 2010

"COISAS DO CANDOMBLÉ" É MEU LIVRO.

Este livro não publicado é um trabalho de pesquisa e de vida dedicado a minha crença aos Orixás desde meus nove anos de idade, e como tenho visto em muitos saites e blogs tantas coisas algumas desconhecidas e outras conhecidas, é que resolvi publicarr através deste, alguns capitulos deste livro.
Antes que alguém faça isto por mim, e porque estou lhes contando isto e que andei distribuindo alguns CDs que contiam cópias deste livro, não que contenha nenhum segredo de estado, mas é a minha vida até hoje dentro do ariaxe,.

AS CURIOSIDADES DO CANDOMBLÉ DE A a Z

A Primeira coisa destas curiosidades é que a palavra candomblé não é de origem africana e sim muito provavelmente tenha sofrido um afrancesamento de uma palavra bantho “Candombe”, que tem seus registros na História antes mesmo de nosso descobrimento, ainda na África, no Congo os negros que estavam sendo catequizados não queriam abandonar suas crenças e assim criaram suas sociedades secretas às congadas adotando uma Santa de devoção neste caso Nossa Senhora do Rosário, e Candombe é um dos nomes desta sociedade. O Candomblé define uma crença que é praticada no continente Africano e nas Américas, e é uma junção de varias crenças que se fundiram quando seus povos foram extraditados para nosso continente.
Estou tentando colocar algumas velas acessas sob este manto de obscuridade que é a crença de muitos Brasileiros leigos ou iniciados, que não dispõem de pessoas dispostas a fornecer estes conhecimentos, e muitos tem mesmo receio de perguntar e passarem a serem vistas como curiosas antes do tempo, no meu caso fui levado a esta crença por motivo de doença, quando ainda criança na idade de nove anos, sem ter nenhuma noção do que se tratava aquela casa, Quero agradecer a minha mãe iniciadora Dona Maria da Paz Oliveira (Ominabela) filha de Oxum Apará, iniciada em 1966 por Pai Gerson de Iansã (Nesta época ela foi procurar Zezinho que acabou virando no futuro o Sr. Zé do Oxóssi, que fazia parte do Trio de Ouro assim composto: Pai Gerson o pé de Dança não havia quem melhor dançasse um candomblé, Zezinho o que melhor conhecia de orixá num apoti, e Danjita[1] o melhor jogador de Búzios em São Paulo) onde foi sua rombona em sua Roça na Cidade de Osasco-SP, ele criado no Chamba[2] e depois no Ketu, nesta nação foi que raspou ominabela em seus trinta e cinco anos de idade que chegava do Recife e deixava para traz um casamento e um filho para tentar a vida em São Paulo, após esta viagem de navio do Recife a Santos-SP.
Para dar sua obrigação de sete anos foi visitar e se aconselhar com mãe menininha em Salvador e recebeu o seguinte conselho procurar seu Bobó na Cidade de Guarujá-SP, com quem realizou sua obrigação de sete anos. Em sua obrigação de 21 anos foi nas águas de Pai Zé D Oxossi que tem sua Roça no bairro do jardim nordeste na zona leste, nesta estavam presente duas Yalorixas de nome Helena sendo uma de Oxum e outra de Logum-Edé o Ogã Nicão a hoje herdeira da casa Mogibe, além de muitos outros filhos desta grande Roça de Candomblé cuja raiz vem do Ilê Ilha Amarela de Salvador, por ali nesta época transitavam Monakissimbi esposa do Ogã Genador filhos de Joãozinho da Goméia do Rio de Janeiro.
Em seus últimos dias se cuidava com Pai Toninho D’ Oxum filho de santo de Dona Lidia do Recife que após sua partida passou a se cuidar com Dona Janda D’ Oxum que há poucos dias também nos deixou, mãe carnal de Manoel Papai hoje o responsável pela Roça conhecida por Sítio do Pai Adão. Roça esta que ainda jovem ominabela conheceu e freqüentou, mas só isto, Quando eu á conheci estava dando sua obrigação de três anos de santo, em sua vida carnal só teve oito filhos de santo e isto só se deve a sua exigência quanto à necessidade extrema de feitura.
Acredito que estou oferecendo uns aperitivos aquelês que tenham vontade de saborear esta Cultura trazida de tão longe por um povo que foi roubado de seus lares e aqui misturados com outros do seu mesmo continente, A sua religiosidade seus ritmos sua culinária se misturam a de seus algozes e nos deixaram esta riqueza que hoje desfrutamos, eram eles oriundos da (Nigéria, Daomé, Angola...) que em suas Tribos eram chamados de (efon,Ketus-Nagôs, povos Yorubanos e Banthos) espalhados neste nosso enorme país onde no Maranhão os Jejes criaram o Tambor de Mina, Na Bahia Ketu e Angola, Pernambuco os Nagôs, no Rio de Janeiro Omoloco. Cada qual com suas vertentes deram e dão livros e revistas. Pena não possuir mais conhecimentos dos que estou passando aqui.
[1] Era sua dijina filho de oxumare/ seu nome verdadeiro era Walter
[2] Um dos nomes do Xangô do nordeste

2 comentários:

  1. gostaria muito de falar com o senhor; tem ótimas lembranças do candomblé antigo, me add por favor no nosso orkut. Ofarewagina@terra.com.br , asé Eked Meire D´Ogun

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    1. Desculpe, não haver comentado, mas já foi add. em meu Orkut e descobrimos que conheci seu avo de santo "Danjita" tem a Roça em guarulhos-SP. Mojubá, Ire ô.

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