terça-feira, 20 de abril de 2010

CONTINUO A PUBLICAR MEU LIVRO...

Na África esta formula faz também seu sucesso, só que alguns que por varias razões deixaram seu pais para estudar por aqui chegaram e perceberam que tinham uma raiz aqui fincada ainda que disfarçada de muitas maneiras, e se aproveitaram de muita gente ingênua, e passaram a pregar conhecimentos que nunca possuíram, pois em seu próprio país estes Cultos hoje são Lendas, e nada puderam contribuir para a grandeza de nossa fé, não estou aqui generalizando, pois como em qualquer situação em que se lide com a figura humana sempre haverá os bem intencionados e os aproveitadores. Bem perceberam estes que no maior país Católico do Mundo antes destes irem a Missa de Domingo, já na sexta-feira acenderam sua vela, pois sexta é dia de Oxalá ou como diríamos na Bahia é dia do Senhor do Bonfim.
O Candomblé é uma família, que cresce a cada uma nova pessoa que sente a necessidade em seu íntimo de por qualquer natureza se aproximar de uma Roça seja para matar curiosidade, ou trazido por um amigo para jogar o Ifá (Jogo de Adivinhação) conhecido como jogo de Búzios, ou quando convidado a uma de nossas Festas, que na maioria de nossas Roças são em numero de 12 ao ano, exemplo: Águas de Oxalá, Festa de Oxossi, Feijoada D’ Ogum, De Yemanja, Yapete d’ Oxum, Orubajé de Omolu, De Ibejis (Cosme e Damião), Festa dos Caboclos, Festa da Casa, Do Orixá do Pai ou Mãe de santo, Muitas fazem Festa para Exu que me cabe ressaltar que nada tem a ver com o Diabo cristão, esta entidade esta mais ligada às distorções do comportamento puramente humano como as nossas falhas de caráter e nossa sexualidade, por isto é muito bem representado em seus fetiches com um pênis em riste sobre sua cabeça.
Assim a crença quando bem praticada é como uma família bem estruturada, e todos quando dela se aproximam só podem se sentir bem, assim sente que ali podem prosperar e em prosperando trazem seus amigos e ampliam esta família para uma comunidade e esta para o Mundo. Impulsionado por esta vontade de ajudar, ainda que com pequena contribuição, acreditem que todos podem doar um tijolo para esta grande obra, de criar uma consciência sobre a fé de um povo tão primitivo que não se tem conhecimento preciso de todas suas origens, estas dificuldades se devem por ser sua transmissão puramente oral e sua escrita muito pobre, e muito tonalizadas, esses acentos são muitos. Além de alguns não existirem em nossa língua como um ponto abaixo da letra torna se palavras diferentes, ainda que sua escrita seja a mesma. E neste sentido que todas as buscas são validas para que possamos a cada dia transmitir uns aos outros, conhecimentos desta riquíssima cultura que aqui apesar de se ter contaminado uma com as outras, e formarem uma nova e mais valorosa cultura para admiração do resto do Mundo.
Esses conhecimentos que aqui afirmo como curiosidades, foi adquirida nestes 38 anos de admiração a Crença maravilhosa dos Orixás, e também a leitura de vários livros dos mais diversos pesquisadores que como eu são apaixonados pelo tema. Entre esses meu querido Manoel Papai do Sítio do Pai Adão junto a Fundação Gilberto Freire, Universidade de Pernambuco, Rene Ribeiro, Reginaldo Prandi, Salami Sikura (King), em São Paulo, Pierre Verger, Roger Bastide, Agenor Miranda Rocha na Bahia, Fernandes Portugal no Rio de Janeiro e tantos como: Nina Rodrigues, Juana Elbein, Sergio Ferreti, Nunes Pereira outros que me perdoem não serem citados, ou que tão pouco aqui estou para buscar me assemelhar as estes, só bebo em seus trabalhos.
Aqui mencionarei tudo de mais comum que se tem na seita: tais como nomes de comidas e suas funções como oferendas a seus respectivos orixás, algumas de suas (ewes) folhas sagradas, Orixás e alguns de seus itas, Odu esse mistério que proporciona a seus praticantes desvendar à vida das pessoas, e palavras já integradas a linguagem de nosso dia a dia. Gostaria de salientar que em 38 anos de convivência com o Candomblé tive meus altos e baixos, como em todas as famílias, e existiram as brigas, e na minha não seria diferente e para ilustrar esses aperitivos vou lhes contar vários fatos que irei relatar no decorrer deste livro, mas primeiro gostaria de citar vários amigos que conheci nestes meus anos de paixão pelo Orixá:
Na casa de Ominabela, Camarão, Monakissimbi, Genador que vieram da Goméia, Seu Vavá Negrinha, Pai Valter de Logum-Edé, Danjita, Pai Zé do Oxossi, Pai Gerson de Iansã, Ogã Mauricio um homem que possuía uma elegância que cabe ressaltar, Omin makele, Obadoiê, Daibô, Pai Bobó de Iansã e Pai Samba de Oxum. Na casa de Xeumã muitas amigas como a Ekedi Lucia de Xangô, Mãe Sica de Oxum, Mãe Cida do Oxum, Jô de Omolu, Toninho de Logum-Edé, Genoveva de Iansã que Orixá Lindo, Ali também conheci Lojucam do Oxossi o pai de santo de Xeumã, e fui ate sua Roça Tombada em Belo Horizonte, lá conheci sua mãe de santo, Vó Lidia de Oxalá que possui sua Roça em São Caetano-BA, Sendo sua primeira mãe a finada Dachê, em sua própria roça mãe Izabel, Mariana além de muitos filhos que moravam nas proximidades de Belo Horizonte como Ronaldo de Iansã que acabou dando uma obrigação a Ekedi Lucia em sua roça.
Na casa de Pai Zé, Pai Baixinho e sua Filha de santo Nana onde toca uma bela Angola, Ogã Nicão, as Marias Helenas, Mogibe, nesta conheci uma pessoa que já nos deixou e a mim grande saudade, foi Valdelici de Nanã que tem Roça aqui em São Miguel, de seu Caboclo Tomba Serra, possui vários filhos de santo e sete filhas carnais, sendo Amélia sua continuadora, Isis de Logum tem sua própria Roça não muito distante, Eidi era ekedi na casa de Pai Zé, tem o Dida de Omulu, lá conheci o Ogã Pato Roco, Ogã Pulinho, Ogã Marlom com este tenho vários episódios muito engraçados que tem suas origens no Bate folha de salvador.
Na casa de Toninho do Oxum, conheci Pai Carlos filho de santo de Manoel Papai de Iemanjá do Sítio de Pai Adão, onde conheci tia Mãezinha, Ogã Valfrido, Dona Janda e suas netas que muita atenção me dedicaram, muitas saudades de todos. Hoje estou conhecendo o povo da Casa de Orixá Odudua (King) Salami Sikura na cidade de Santos-SP, levado por minha amiga Mãe Cidinha de Oxum Iponda que possui sua Roça em Guarulhos-SP, onde hoje conheço Nalva de Ogum, Estela de Iansã, Nil de Iansã, Ogã Romenil e Ogã Fabinho. A Família e Grande e não para de Crescer.
Outra máxima Gostaria de esclarecer que esta família para crescer forte e saudável, como em todas deve ter uma gestação que nas boas famílias demoram um pouco para acontecer, bem tenho dito, que há varias maneiras de se chegar à casa do santo, por motivo de saúde ou quando eventualmente a pessoa esta em uma visita e “ bola” no santo isto é quando o orixá toma a cabeça da pessoa é não quer ir embora, mas o comum é a pessoa passar por um período de convivência, durante este a mãe e os demais analisam as qualidades e defeitos desta, para que possam efetivamente conhecer a pessoa. Ou, seja não deve ocorrer como se vê hoje a pessoa chega à roça e quer saber quanto custa á obrigação, como se estivesse no supermercado em que esta comprando onde quer e escolhendo o produto pelo preço.

Um comentário:

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