quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Primeiro Jantar a Dois...

encontrava sobre um armário e quando me virei a vejo com os olhos todo marejados, -Ó desculpe-me! Não queria relembrar seu sofrimento, ela interrompeu - É que toda hora tenho a esperança de que ele vai voltar! Seja lá para onde ele foi? –Minha querida desculpe, mas creio se ele até hoje não a procurou você deveria olhar para frente! –Você é jovem e muito bonita! Ela sorri! E diz - Dos amigos é reconfortante ouvir palavras bonitas! –Mas cadê a coragem? A casa eu até mudei, mas o seu escritório eu não consegui mudar, disse eu – Mas é você querida que precisa mudar! –Por quê? -É muito simples ele a amava muito! E para não dizer ciumento se estivesse vivo não a deixaria sem noticiais - Sabe? Que se não fosse nossa conta conjunta e minha aposentadoria eu já teria passado algumas dificuldades? –Por quê? Não procurou os amigos - Que amigos? Tirando você os outros não se podem, chamar de amigos, talvez pudesse ser do meu esposo, eu os até conhecia um ou outro talvez? Todos pelo computador, a hora passava e eu não me dava conta que esta servindo mais como um conselheiro do que um pesquisador, a nossa foi interrompida pela Glória que nos trouxe um cafezinho como dizia ela é para animar a conversa! disse ela, é tão difícil dona Sarita receber uma vista –Há! Gloria você resolveu contar a minha vida? –A senhora não sai desde que estou aqui! –Há! Como não saímos quase todos os dias? –Estou falando não de sairmos para irmos às lojas ou mercado? –Estou me referindo de a senhora ir a alguma festa, teatro, cinema de procurar a viver novamente a se eu tivesse a sua jovialidade e beleza, -Glória! Vou pedir que pare você já esta sendo inconveniente. Neste momento percebi que Glória era mais do que uma simples empregada que chegava as sete da manhã e saia as cinco da tarde, ai resolvi me intrometer naquilo que poderia se tornar uma discussão –Ora já que vou ficar o final de semana, não vamos jantar em casa! Vocês são minhas convidadas para irmos passear no melhor lugar que vocês possam me levar! –Esta vendo o que você arrumou Glória! Não podia ficar de boca calada? –Professor me – desculpe! Não sabia que Dona Sarita ficaria brava? –Sarita não esta brava não é Sarita? –Ora! Carlos não vamos atrapalhar seus planos, -De maneira nenhuma eu estou de férias! E estava sendo descortês com você que tão bem esta me recebendo, assim vou deixar a minha curiosidade para mais tarde e vamos tomar outro café na sala enquanto você me coloca a par das novidades da cidade, Glória falou – Agradeço o convite, mas às cinco horas ou seja, eu devia ter ido embora, mas servirei outro café e quanto ao convite não posso aceitar desta vez, mas não faltara oportunidade de levar o senhor num forró, - Glória! Hoje realmente deveria ser seu dia de folga, disse Sarita - Sabe lá? Se o Carlos gosta destas coisas. O professor agora estava numa situação difícil, não sabia se continuava a insistir no convite ou desistia, o motivo parecia para ele obvio, mas resolveu arriscar - Tá bom? Já que Glória não pode nos acompanhar só iremos jantar e logo depois retornaremos e eu terei a madrugada toda para examinar os papéis.

Glória se despediu pedindo muita desculpa a Sarita e a mim, logo após Sarita me surpreendeu dizendo que iria arrumar as minhas malas - Ora! Não precisa, pois só trouxe uma valise e também só ficarei o final de semana - Carlos! eu sei como são os homens interpelou Sarita, Não vou deixa-lo sair com as roupas amassadas! –Faça o seguinte comece a olhar os papéis! Enquanto arrumo suas coisas, assim que terminar eu irei tomar um bom banho, e em seguida o aviso para que vá se aprontar para o nosso jantar tudo bem? Respondi-lhe que estava - ótimo! E me dirige ao escritório ansioso para descobrir se realmente o desaparecimento de Makunda estaria associado a alguma coisa com que estive trabalhando.

Na caixa azul estava até um pouco pesada para uma caixa de papéis, mas ao colocá-la sobre a escrivaninha percebi que havia alguns livros velhos e mesmo diria que faltando paginas devido ao estado que se apresentavam e visto o cuidado que Makunda possuía e que também passara a sua esposa dava para perceber que de alguma maneira este material não era seu, mas que faria parte de sua pesquisa isto dava para perceber devido a grande quantidade de paginas marcadas nestes e também me chamara atenção que os livros eram em idiomas diferentes, um era em francês, outro em latim e o último pareciam uma espécie de Espanhol, deixe-os de lado e comecei a procurar nas folhas que eram muitas e à medida que as retirava da caixa também percebi que havia sinais de que algumas eram mais antigas que outras talvez fossem uma pesquisa que alguém trouxera para lhe auxiliar, ao esvaziar a caixa percebi que dentre os papéis agora espalhados pareciam possuir alguma ordem ou talvez uma cronologia de tempo dado este claramente perceptível pela velhice dos mesmos, digo que a minha experiência em lidar com papéis apontaria para uns vinte anos ou mais para alguns daqueles, nisto sou interrompido por um doce perfume de rosas e uma voz tímida - Já estou pronta! Dizia-me Sarita num lindo vestido estampado de tons de azul com flores amarelas que mais combinavam com a cor de sua pele, respondi –Estarei pronto em cinco minutos! Mas claro que não estarei a sua altura, - Ora! Deixe de bobagens não sabe como pensei tanto em desistir, então não me desaponte, porque já estou pronta - Sim senhora! E sai direto para o chuveiro e ao retirar o relógio percebi que já eram quase nove horas.

-Já sabe para onde iremos? Perguntei e ela respondeu - Você que convidou!-Pois sim senhora! Já sei como solucionar o meu problema, - Há e posso perguntar como? –Assim que o táxi chegar! Ele ira nos indicar um ótimo local para o nosso jantar, Ouvi uma buzina! – Deve ser o nosso táxi! –Boa noite! Disse-nos o taxista que já nos aguardava do lado de fora do carro e ali mesmo o interpelei - Voce esta observando esta linda e elegante senhora! – Claro senhor! - Então me diga a onde nesta cidade posso levá-la para um bom jantar? – Pode ser a beira mar? – Desde que não tenha aquele odor de peixe? Disse eu ao taxista – Ó

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